Com
certeza, por ter sido uma viagem totalmente exótica e fora dos padrões
“normais”, creio que ela mereça algumas ponderações especiais.
Apesar
do plano de realizar esta viagem já existir há meses (senão me engano fevereiro
a convite da Marina da Schultz), não posso dizer que fiz estudos especiais e
aprofundados sobre o tema.
Vi
uma séria de episódios sobre uma loira que viaja pelo mundo, foi o mais
profundo que fui no tema.
O
conforto (ou preguiça) foi decorrente do fato de que seria uma viagem guiada,
que não precisava me preocupar com mapa, gps, hotel, etc., sempre teria alguém
por mim (normalmente é o contrário).
Não
sei dizer se fiz bem ou mal, só sei que foi assim e, talvez, o fato de não
criar expectativa tenha feito ela tão especial.
Pelo
programa da loira (que sequer sei o nome), decidi que queira passear no barco
que navega pelo rio que cortava a cidade, só, nada de luta de muay thai ou
coisas do gênero – ah, comer insetos também fez parte do plano desde o começo –
e consegui realizar as 2 únicas coisas que eu realmente fazia questão.
O
fato é que a viagem foi muito produtiva do ponto de vista pessoal, apesar de
que quem viaja nunca volta a mesma pessoa que saiu, desta vez foi diferente.
Foi
meu primeiro contato com os orientais no oriente por assim dizer.
Cultura,
comida, forma de tratamento, religião, religiosidade, tudo completamente novo e
confesso que me agradou.
O
ser humano é um animal muito interessante, ainda mais se visto de perto rs.
A
forma de tratar dos orientais é diferente, são mais respeitosos, do rico ao
mendigo, o ato de baixar o tronco e a cabeça faz muita diferente, demonstra
total respeito recíproco, pois todos os envolvidos realizam o movimento.
E,
para minha sorte, só tive contato com gente sorridente e disposta a ajudar,
pouco importava se falavam ou não inglês, todos de alguma forma se viravam para
colaborar, quer fosse com mimica, desenho, barulho, sinais, tudo era válido.
E
aqui vai um parênteses – no grupo de staffs da viagem havia o SRI, tailandês
que sequer “good morning” sabia falar, mas a falta do idioma era suprida pelo
sorriso e disposição em, mesmo calado, andar ao meu lado, por exemplo.
Os
outros dois (Chevy e xxxxx), estes então nem se fala, fizeram das tripas
coração para nada faltar, acordavam antes, dormiam depois, iam atrás de tudo, e
ainda falavam inglês.
E,
ao que tudo indica, esta disposição oriental é contagiosa pois os mesmos
adjetivos posso dar para o Daniel e a Laney que convivem com eles há alguns
anos.
Ambos
foram nota 1000 em todos os momentos, entendendo minha dificuldade com o
idioma, minha mania de fotos, vídeos, facebook e blog enfim, não parecia que
não nos conhecíamos, e quando nos despedimos, também não parecia que só
tínhamos passado uma semana juntos.
Para
todos a despedida foi “see you soon” (te vejo em breve), e soou verdadeiro, não
como o famoso “vamos marcar qualquer coisa”.
Dito
isto sobre o ser humano, vamos ao ambiente.
É
quente, quente para cacete, mas as belezas naturais e as criadas pelo homem
superam qualquer dificuldade do clima.
Ao
contrário do “turista comum”, aquele que vai para a Tailândia passar lua de
mel, não fui a nenhuma praia, tampouco fiquei em resort padrão Barra do Forte
ou de Punta Cana.
Vivi
dias com o povo local, comi o que eles comem do jeito que eles o fazem, andei
em ruas comuns, vi os templos se aproximando a cada curva, tirei o sapato para
entrar nos templos, trafeguei entre eles a pé e de moto, quase vivi a vida
deles, sempre cercado de uma natureza bela e bem típica para nós brasileiros do
sul e sudeste.
Vi,
toquei e alimentei elefantes em seu habitat quase natural, mexi com cachorro na
rua – bom vivi cada segundo intensamente, fiz desta viagem uma das melhores
viagens da minha vida, mas não graças a nada da minha parte, e sim de tudo o
que acima escrevi.
Então,
agradeço primeiramente a Deus por tudo; à minha família que de dá suporte e me
suporta rs; aos amigos, antigos e novos, que me acompanham e vibram com cada
aventura que me meto, quer seja num submarino da marinha, num curso de
sobrevivência na selva brasileira, nos alpes suíços ou numa vila esquecida no
meio de um país tão especial e distante chamado
Tailândia.
Valeu
pessoal, não desperdicem suas vidas com o “normal” pois, como disse noutro
post, quando você envelhecer, e isto vai acontecer, você olhará para trás e
dirá “valeu a pena viver” ou você quer sentir o peso do arrependimento?
Até
a próxima.
Cezinha