terça-feira, 5 de março de 2013

Agradecimentos especiais

Pessoal, para fechar com chave de ouro mais este passeio não posso deixar passar em brancas nuvens um agradecimento especial à quem me proporcionou esta viagem.

Primeiramente à Marina Leal da Schultz Turismo (www.schultz.com.br), uma das maiores operadoras de turismo do Brasil, operando para destinos em todos os cantos do mundo, ofertando viagens com qualidade e ótimos preços.



Foi a Schultz que reservou os hotéis, passagens aéreas, etc., tudo com muito primor e qualidade indiscutível. MUITO OBRIGADO.


Também à Priscila Camillis da Eagle Rider (www.eaglerider.com) que, novamente, nos disponibilizou ótimas Harleys Davidsons com a qualidade que eu já havia experimentado e gostado, realmente não é à toa que a Eagle Rider é a melhor e maior locadora de motocicletas dos EUA. MUITO OBRIGADO TAMBÉM.



À ambas, OBRIGADO e não fiquem constrangidas em me convidarem novamente rs.



Bjs.

Cezinha



segunda-feira, 4 de março de 2013

viajar de moto, porque é tão bom?

Viajar de moto é uma das experiências mais fascinantes que se pode ter nessa vida. Quem não tem o coração de motociclista provavelmente nunca entenderá o porque. 

Mas até mesmo eu ,às vezes, fico me perguntando, afinal, por que é tão bom assim?

Não tenho respostas, só alguns pensamentos.

Em primeiro lugar, viajar de moto evoca sentimentos de tempos e realidades muito distantes de nós, é como se nos transportássemos para outra época e, de repente, lá estamos nós com nossa armadura, baixando a viseira de nosso elmo, preparados para uma missão distante e desafiadora. No fundo, mesmo que isso pareça meio estranho, todo motociclista se sente como um guerreiro, deixando a segurança e o conforto de sua casa para ir adiante, desbravar territórios e vencer desafios.

Também existe um sentimento quase místico, como se estivéssemos saindo de nossa própria vida, vendo o que há la fora. Viajar de moto é estar em movimento, é deixar a monotonia. A casa, o trabalho, nossa cidade, tudo fica para trás e seguimos adiante rumo ao desconhecido, mesmo que seja apenas a cidadezinha turística a 100km dali.

Viajar de moto também nos coloca em contato com uma outra vivência de relacionamentos que rompe com os paradigmas da vida moderna. Não há chefe, nem subordinados, apenas amigos, companheiros. E nenhum deles é melhor do que o outro, ninguém está competindo, somente compartilhando.

Há também uma intensa ligação com o campo do conhecimento. Todas as matérias estudadas em uma sala de aula são experimentadas, mas de uma forma muito diferente da que qualquer professor conseguiu nos proporcionar. A matemática está alí o tempo todo: são retas, curvas, tangências, ângulos, 100, 120, 140..., melhor parar por aqui. A física então, nem se fala: inércia, aceleração, movimentos retilíneos uniformes (ou não), calor, velocidade do vento; porque isso não parecia interessante na sala de aula?

A geografia e a biologia também são matérias sempre presentes em vales, montanhas, serras, colinas, rios e cachoeiras, pássaros (sim, eles ainda existem). Até mesmo a história, seja dos lugares ou das pessoas que encontramos, acaba nos atraindo.

O português não fica de fora e nem limitado à leitura de algumas placas; viagem de moto combina com histórias, contos , poesias, música; tudo inserido em longas conversas e não circunscritas a aulas, cadernos e horários.

Em uma viagem de moto também entramos em contato com nossos valores mais elevados. Coisas como liberdade, respeito, responsabilidade,solidariedade, são sempre presentes. Até mesmo nosso contato com o criador é estimulado; nossa mente viaja também, medita, contempla. Diante de todas estas experiências olhamos para o dom maravilhoso que nos foi dado, a vida, e para aquele que nos deu tudo isso e somos levados a dizer, ainda que sem palavras: "muito obrigado".

sábado, 2 de março de 2013

5º dia - quinta-feira – 28/02/13 – San Diego / Los Angeles

quinta-feira – 28/02/13 – San Diego / Los Angeles

Tudo o que é bom uma hora acaba ... e hoje é nosso ultimo dia de passeio!

Antes de relatar o dia acho que convém falar sobre nós, os personagens da viagem.

Como disse há uns dias somos 12, 2 guias americanos, 2 representantes das empresas que patrocinam o passeio, 6 repórteres, 1 esposa e eu.

A convivência humana é sempre delicada e, às vezes, complicada, mas este não foi nosso caso!

Todos se deram muito bem, somos diferentes em idade, experiência de vida, objetivos, etc., mas a motocicleta tem este dom, criar uma paixão única em todos que a tocam e/ou dela fazem uso, e assim foi.

A maioria já tinha experiência de moto, o que facilitou, os que não tinham adquiriram e agora se mostram muito felizes com a experiência que estão passando, em suma, todos estamos apaixonados pelas nossas amantes de duas rodas.

Com isso não houveram brigas, desentendimentos, discussões, etc., pelo contrário, tudo fluiu da melhor forma possível.

Cabe também citar que o humor da maioria dos integrantes é igual ou pior do que o meu rs.

Quem me conhece sabe que tenho um humor ácido e sarcástico, mas conheci caras bem piores do que eu e, como o destino também é um belo dum sacana, colocou logo o pior no meu quarto – o Marcos Barros da revista Moto Adventure.

Nós sacaneamos 135% do grupo e é muito divertido fazermos isso e a galera nunca saber se estamos brigando, sacaneando, falando a verdade, etc.

O Rogério, ou “ROGER” para os americanos, e o Dinno estão sendo nossas maiores vítimas kkkkk.

Legal também foi a mudança que ocorreu no Alex, o rapaz tímido e calado do inicio da viagem se mostrou um cara com igual humor e super gente fina.

O André, da revista Pro Moto não mudou, é calado mas também não desperdiça uma piada.

O Leo, que estava fazendo sua primeira viagem aos EUA, que no inicio estava tímido, com medo de conseguir entrar ou não no país, não fala inglês, etc., mudou para caramba, se vira para arrumar comida, andar sozinho no shooping, arrisca várias palavras em inglês e não erra a pronuncia, enfim, sua vida também mudou.

Bom, chega de falar de pessoas, vamos falar da viagem.

Acordamos, tomamos o clássico café da manhã americano, pegamos nossas amantes e partimos.

As coisas entre nós e os garupas acabaram ficando definidas da seguinte forma:

O Alex curtiu andar na garupa ; o “ROGERio” não larga o Peter nem se cair chuva de ácido, aliás ele é a perfeita imagem do personagem do filme Sem Destino (esqueci o nome do personagem e do ator), que vai na garupa com o capacete de futebol americano; a Marina pegou confiança no Marcos Barros e também de lá não sai.

Nesta me dei bem duas vezes, primeiro porque apareço nas putas fotos que o Alex tira, depois porque fico sem garupa rs.

Pegamos uma enorme Highway e seguimos num ritmo forte, mesmo porque se manerar neguinho te atropela sem dó.

Nosso objetivo era passar numa loja da Harley em Los Angeles para umas comprinhas básicas e assim foi feito.

Neste trecho eu coloquei minha GoPro no pára-lamas traseiro, o que, com certeza, rendeu ótimas imagens e filmes.

Durante todo o trecho o Oceano Pacifico nos acompanhou com toda a sua magnitude e beleza gelada.

Chegamos na loja da HD, fizemos compras, tiramos fotos, o Dinno gravou outro “take” comigo fingindo que eu estava na Rota 66 e então nos separamos.

O grupo seguiu para Hollywood, Santa Monica, Bervely Hills, etc.

Como eu já conheço todo o trajeto que eles iam fazer e, como já disse no passado, acho LA um saco e sabendo também que o trânsito no final da tarde é de matar, resolvi não ir.

A garupa do Dinno teve então que ficar para o Leo, cinegrafista do programa Momento Moto, vindo então sua esposa Rosi para a garupa da Priscila e lá fomos nós 3 mais a Van dirigida pelo Steve.

Pegamos uma freeway e mandamos mão até chegarmos num dos clássicos engarrafamentos gigantescos de LA.

Já sei, você quer saber qual a diferença entre highway e freeway ...  a primeira liga Estados, a segunda é dentro destes Estados.

Demorou um pouco mas chegamos à Eagle Rider e devolvemos as motos, tivemos também a sorte de conhecermos os dois donos da empresa, Peter e Chris, Peter é mais na dele e fala pouco, já Chris é uma figura, super carismático, gente finíssima.

Resolvido tudo me despedi da minha amante e segui para o hotel para um merecido banho e arrumação das malas. A esta altura do campeonato minha mala estava uma beleza de coisa jogada de qualquer jeito.

Tive então tempo para descansar e voltar à Eagle Rider para encontrar o resto do grupo e sairmos para, claro, fazer mais comprinhas ...

É óbvio que não comprei tudo o que encomendaram, mas fiz o possível.

Fomos à Best Buy eu, o Leo, Alex e ROGERio, e foi riso na ida e na volta, show de bola a companhia dos caras.

Ah, não posso deixar de comentar das pessoas do shopping: Los Angeles tem mexicano a dar com pau e muitos negros; eles são bem distintos entre si, ou seja, mexicanos andam com mexicanos e negros com negros. Os mexicanos falam em espanhol o tempo todo e os negros falam em gíria, palavrões e tem um jeito bem diferente de se vestir e andar, pois bem, não é que duas moças negras resolveram bater boca em pleno shopping? E mais, para dar um charme especial à peleja verbal, uma estava num andar e outra noutro !!!

Pensa na cena das duas ladies chamando uma a outra de bitch em alto e bom som em pleno Shopping Center ... ah, a dama do andar superior estava acompanhada de um menininho ...

Me senti no shopping Higienópolis kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

De volta ao hotel só nos restou ficar tomando umas coronas e dormir um pouco pois sairíamos do hotel as 2 e pouco da madrugada.

Abraços.

Cezinha

Ps. Estou relatando isso no avião, voltando para casa, vendo o México de cima e assistindo As Aventuras de Pi (filmão)

Ps2. Daqui uns dias escrevo o ultimo capítulo desta viagem.

Ps3. Quando será a próxima???


vista dos quartos do hotel





início do ultimo dia


read to go??


ops, a gerente do hotel não resistiu e pediu p tirar uma foto na minha garupa


mórmons


adios San Diego


e dá-lhe rodovia



ultimo destino




é, não dá para vacilar na frente de um destes ...


acho que não gostaria de morar ai


o gelado Oceano Pacífico






parada na meca






quem tem bom gosto para 2 rodas também tem para 4





minha delicia






nosso capitão américa



Rosi e Priscila



final da viagem - 693,7 milhas ou 1.109,92 kms muito bem rodados


a despedida é sempre difícil, mas necessária



estacionamento dos sonhos




moto de funcionário



Chris, um dos donos da Eagle Rider




até que não estou tão longe de casa!!!




esta é uma fila de aviões para aterrizar no aeroporto de LA



Fotos da GoPro







Fotos da Canon








e aqui acabou mais uma viagem!!!

até a próxima.