Hoje foi o dia das curvas!
Saímos de Palm Desert e logo estávamos subindo montanhas, e
senhoras montanhas.
O cenário é magnífico pois dá para se ver a neve no pico
delas contrastando com o marrom da parte baixa e o cinza do asfalto.
Infelizmente a pista é de mão dupla e, como há faixa
contínua em quase todo o trecho, nada de ultrapassagem, aliás dá até nervoso às
vezes pois se vê aquela puta curva gostosa de se fazer ralando a pedalera (ou
será pedaleira?) mas como tem um carro à frente bem devagar você tem fazer na
manha.
Curioso é que, carro grande e lerdo, tão logo pode já
encosta e dá passagem, sinal de educação e respeito, bem legal.
Fizemos uma parada básica num ponto cenográfico para fotos
de um trecho que lembra, em menor proporção, os Caracoles no Chile.
Logo que partimos começamos a ver neve da noite anterior no
bordo da pista, no começo eu nem me liguei direito pois estava atendo à
pilotagem já que levava o Alex na garupa e ele, ao tirar fotos (aliás puta
fotos) mexia para cacete kkkk.
Quando me liguei no que era fiquei boquiaberto com a beleza
que não estou acostumado, e, conforme rodávamos, a quantidade de neve só
aumentava chegando-se ao ponto de haver muita neve não só na borda como dentro
dos terrenos ao redor da rodovia.
Obviamente que o frio era intenso mas, como estava
protegido, pouco sofri.
O ponto mais alto foi de 4 mil pés, mas a média de altura,
segundo as placas, era de 3 mil. E quanto dá isso em metros? Sei lá, pesquisa
no Google!! Kkkk só sei que é alto para caramba.
Por volta das 13hr paramos para almoçar em Julian, uma
pequena e pacata cidade que, pelo visto, é adorada pelos motociclistas locais.
Haviam outros vários grupos de motociclistas rodando por lá
e tive a oportunidade de conversar com alguns deles que se espantavam, como
sempre, em saber que éramos do Brasil, mesmo porque, a princípio por conta das
placas das motos, achavam que éramos da Flórida.
Nesta cidade o gelo remanescente da ultima nevasca ainda
permanecia nas calçadas e, nos pontos mais altos, achei monte de mais de um
metro de gelo.
Devidamente almoçados toca-lhe estrada com mais curvas e
mais neve. Em todo o trecho a estrada permaneceu de mão dupla, mas muito bem
sinalizada e sem buracos, o que rendeu médias ótimas de velocidade.
De repente, do nada, a pista começou a aumentar, e aumentar,
e aumentar e bummm, estávamos numa highway, rodovia gigante com uma cacetada de
pistas, carros em alta velocidade e nós, que estávamos acostumados à vida calma
do campo, nos vimos novamente acelerando forte e atentos pois os carros e
caminhões passam voando por todos os lados.
Estávamos próximos a San Diego e, é claro, do Pacífico.
O clima ficou bem mais ameno e estava super gostoso quando
paramos no centro da cidade para um rolezinho e algumas fotos.
San Diego é uma cidade muito grande e bonita com tróleibus
passando pelo centro e um pouco de engarrafamento.
Aqui vai um parênteses, a Califórnia é o único Estado americano
que permite moto no corredor, muito embora não vi nenhuma e, quando poderíamos
fazer isso, o Peter achou melhor seguirmos os carros, mesmo eu dizendo para ele
que todos do grupo estavam acostumados com corredor.
Já era noite quando saímos do centro (comercial) e nos
dirigimos ao nosso hotel (Hacienda Hotel) que fica no centro histórico da
cidade.
É um local muito bonito, com vários bares e restaurantes
numa avenida principal um tanto longe do mar e o hotel, propriamente dito, é
construído na montanha, então é cheio de sobes e “desces”, elevadores, rampas,
escadas, enfim, é diferente e bonito, pois mais parece uma vila, vejam as fotos
abaixo.
À noite Alan e Jill, um casal que conheci há uns anos na
rota 66 e que moram em San Diego, veio me visitar e jantamos juntamente com
alguns do nosso grupo.
Foi um jantar muito divertido pois contamos várias piadas e,
ao traduzir, ficam bem engraçadas tanto do português para o inglês quando do
inverso.
E quando não entendiam eu finalizava “is funny in portuguese”
e todos riam de qualquer forma.
Outro parênteses, o carro do Alan é um Honda que não fabrica
no Brasil, super esportivo tem uma cavalaria enorme e um torque animal. Saímos
para dar uma volta e, ao acelerar forte, dá para sentir que o brinquedo é
ignorante. Show de bola.
De barriga cheia e com algumas coronas na cabeça nos
despedimos e fomos descansar para o próximo e ultimo dia da viagem.
Abraços
Cezinha
início do dia
abastecidas e prontas para rodar
quase os Caracoles
neve nos aguardando
nossos guias Steve e Peter
opa, o que é isso na beira da pista??
e isso nas montanhas??
reserva indígena.
nossa mesa do almoço em Julian.
nossas amantes descansando
o Dinno trabalhando.
Julian/CA
altinho né?
descobri, é neveee
chegando ao destino
rodovia aumentando
ah, agora sim ... trânsito ...
viadutos
chegamos à cidade grande - San Diego
fotos da Go Pro
Fotos com a nova máquina
Miragem?
galã local
arranjamos fãs da 3a idade kkkk
miragens?
momento celebridade do Alex
brinquedo do Alan
Alan e Jill
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