Boa tarde pessoal.
Definitivamente Treze Tílias
(um tipo de árvore – aham, frentista me contou) é uma cidade visitável, tudo
muito belo, europeu, limpo, etc. recomendo mesmo.
Acordei cedo, arrumei minhas
coisas, fui me despedir da Brigite e pegar estrada, não sem antes dar um role
pela cidade.
Na noite anterior fiz uma
mudança de planos, a princípio o caminho mais recomendável era seguir para o
norte até Londrina, virar à esquerda e chegar a Foz do Iguaçu mas .....
conversando com o TATO e o BENTO (aqui do Paraguai), alinhamos um caminho pelo
norte da Argentina.
Mas tínhamos 2 problemas,
não fiz a “carta verde” (equivalente ao nosso DPVAT e obrigatório para rodar no
Mercosul), teria que comprar este seguro assim que passasse a fronteira, blz!
No trecho que eu percorreria
tinham 2 postos policiais, e todos sabemos que a polícia argentina é ... complicada ...
Enfim, tá no inferno ?
abraço o capeta ! Vambora.
O trecho de Sta. Catarina
até a divisa com o norte da Argentina está muito bom, asfalto novo, tudo bom
demais ai eu acabei abusando demais numa curva e .... calma, não cai, mas
quase.
Como passam muitos caminhões
neste trecho, o asfalto “enruga” em algumas curvas, e quando entrei forte numa
delas fui para cima deste asfalto deformado, bati forte a moto nele e quase
comprei um terreno; parei para ver se tudo estava bem e, graças a Deus, tudo
tranquilo.
Segui mais cauteloso, afinal
de contas estou sozinho, sem sinal de celular e quero voltar inteiro para casa.
A última Cidade no Brasil é Dionísio
Cerqueira, lá tem a fronteira seca com los Hermanos.
A travessa foi tranquila,
fiz o “permisso” (trouxe passaporte, um documento para ser sempre carregado
pois, às vezes, vale mais que o RG, CNH, etc.), me restava comprar a Carta
Verde.
A bendita loja que vendia
estava “cerrada”, e não tinha outra opção de compra, cabia a mim decidir voltar
e fazer o caminho por terras tupiniquins ou arriscar.
Arrisquei e segui sentido
Eldorado.
Ao longo do caminho várias
vilas, pequeninos bairros com suas casas muito coloridas, pessoas bem claras
com outras bem escuras (tipo bugre), a estrada está em bom estado e tem pouco
tráfego.
Por orientação do TATO,
enchi o tanque no Brasil pois não teria esta opção na Argentina, então tinha
autonomia suficiente para não precisar parar.
O primeiro posto policial
chegou e foi tranquilo, os guardas nem me deram atenção e passei na boa.
De repente veio uma chuva
forte, parei para guardar as coisas e esconder os poucos dólares que estavam
comigo e tirar algumas poucas fotos.
Aqui vai um parênteses, meu
celular Motorola está uma droga, então trouxe um extra por via das dúvidas. Várias
fotos do Motorola não foram salvas. Ah, minha velha companheira TX 10 “desapareceu”
em casa, tenho certeza que foi o fdp do marceneiro ... fazer o que ?
Estava me guiando pelo maps do google pois meu gps só está com
mapa do Brasil, tive que desligar o aparelho e, quando o liguei, o bendito maps
não quis trabalhar off line, estava
às cegas.
Fiz o que fazíamos antes do
GPS, li placas kkkkk
E assim, no modo analógico,
cheguei a Eldorado e peguei a ruta 12 sentido norte.
Ao longo da via me chamou a
atenção a grande quantidade de pequenos animais atropelados, assim como as
placas avisando os usuários sobre o perigo que eles representam.
Sugiro que não façam este
trecho a noite.
Quilômetros depois veio o
segundo e último posto policial, de longe os vi no meio da pista parando
veículos. Mais perto constatei que estavam parando os veículos que estavam no
sentido contrário a mim .... que alívio, passei batido.
Neste trecho tem pedágios,
mas motos não pagam e passam pelo lado externo deles.
Chegando em Puerto Iguaçu
(sem GPS) me perdi e tive que ficar perguntando para o povo na rua até achar a
aduana.
Nesta cidade me chamou a
atenção a grande quantidade de gringos, a maioria mochileiros, jovens, bem
legal isso.
Fiz a aduana, voltei ao meu
país e, como já disse antes, é muito bom ler a placa de bem-vindo, mesmo só
tendo passado poucas horas fora.
Já com o GPS funcionando e
com 4G a todo o vapor, coloquei o endereço do hotel (Salzburgo) no waze e segui
feliz para outra fronteira.
Cheguei ao hotel
tranquilamente e a Sole (esposa do Tato) já estava me aguardando, ansiosa para
tomar uma gelada kkkk
Basicamente fiz check-in,
banho, roupa limpa e bora para um xurras com os Carpe Diem Moto Clube.
Tato, Sole, Giovana, Fabrizio,
Montse, a “ex do bento” kkkk e o próprio Bento nos fartamos comendo churrasco,
tomando cervejas e a “criptonita”.
Quebrado voltei para o hotel
e capotei.
O dia 18 foi dedicado ao
ócio, passeio pela cidade e, depois do almoço, passeio de barco pelo Rio
Paraná.
A noite fui jantar com o
Tato e a Sole num shopping muito parecido com os de Miami, nada a ver com
aquela muvuca na beira da fronteira.
Para fechar a noite fomos ao
Hotel Cassino que a Montse trabalha para ouvir música e tomar umas caipirinhas.
Ufa, acho que é tudo por
hoje.
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Abraços
Cezinha
Treze Tílias
jantar típico austríaco/germânico
Não sei porque as fotos subiram fora de ordem ... enfim, lá vão elas:
o trajeto efetuado
onde dormi em Treze Tílias
aduana do Brasil - Argentina
"permisso"
local para comprar a "carta verde"
marco das 3 fronteiras - fechado!
minha recepção
jantar de chegada
passeio básico pelo Rio Paraná
sinto que gerei muita segurança ao Bento
pensando em algo kkkk
servidos ?
el lôco!
um desbravador rs
jantar de ontem
estrada a caminho daqui
quase chegando
estradas argentinas
fronteira
dá para ver o ponto preto na pista ?
ainda bem que vi de longe
hora de virar ao norte
já no Brasil
esta placa sempre me emociona
marco das 3 fronteiras
almoço do dia
el piloto