5º Dia – 15/11/2016 – Balneário Camboriu / Lauro Muller

Boa noite pessoal.

Conforme planejado acordei com tranquilidade, e às 9h estava pronto para sair com o FREDÃO e o EMERSON.

Mas eles queriam fazer a Serra do Rio do Rastro, eu queria a do Corvo Branco ... conversamos e decidimos nos separar em Palhoça, mesmo porque eles tem que estar em SP quinta a tarde ...eu não rs.

Seguimos então pela br 101 e saí a direita na br 282 sentido Urubici.

Estrada tranquila e com várias curvas, infelizmente num trecho de serra houve um sério acidente, e o transito estava parado vários quilômetros antes, como estou de moto, fui na boa pela contra mão e assim ganhei uma mega vantagem pois segui (com outras 3 motos q apareceram) por muitos quilômetros sem ninguém atrapalhando.

Chegando em Urubici um susto – uma placa dizendo que a serra do Corvo Branco estava fechada ... resolvi arriscar.

Cortei a cidade  e vi a placa indicando o CINDACTA, MORRO DA PEDRA FURADA e da IGREJA.

Ah sim, durante todo o trajeto o tempo se manteve muito nublado, com alguns pingos de vez em quando.

Parei para tirar informações e um sr. Me disse que, para acessar aquele ponto eu teria que voltar na cidade e comprar ticket OU arriscar trocar uma idéia com o guarda do local.

Arrisquei e, no caminho, pensei em várias desculpas para dar e justificar minha falta de ticket ...

Na hora H, fiz o certo – FALEI A VERDADE – que só descobri do ticket no pé da estrada e tive preguiça d voltar, o guarda super gente boa anotou meus dados e liberou minha entrada.

É um trecho bem sinuoso, com buracos e os mais diversos perigos, mas se cruza a todo instante com bicicletas e carros, além de que, a cada curva, um novo e lindo visual aparece.

Cheguei até onde um civil pode ir (lembrando que lá é área militar, da aeronáutica), deu para ver um dos picos, a tal pedra furada não pois a neblina estava muito densa.

Rendeu várias fotos.

Voltei e entrei numa propriedade particular cujo chamariz é o tal VEL DA NOIVA, uma cachoeira.

Por R$ 5,00 tive acesso ao local e, para minha surpresa, encontrei carpetas de Londrina, MISAEL e companhia tinham almoçado e também iriam para a Serra do Corvo Branco.

Eles queriam que eu me juntasse a eles mas, como quero dar este role solo, agradeci e nos despedimos.

Comi um lanchinho básico, fui ver a cachoeira, tirei várias fotos e voltei para a estrada.

Neste ponto São Pedro castigou e mandou chuva brava, daquelas que cada pingo é 1 litro.

Tive que encarar!

A estrada, do nada, deixou de ser de asfalto e virou um cascalho dos infernos, com pedras enormes, pontiagudas e soltas – todos os ingredientes para um acidente.

Vários quilômetros depois e encontrei os Carpetas de Londrina voltando com uma triste notícia – estava perigoso demais para continuar, abortaram a missão.

Deu uma desanimada, mas como me disseram que até o ponto de início dela dava para ir, resolvi encarar para, pelo menos tirar umas fotos.

A subida foi sofrida, mas logo depois cheguei no ponto mais famoso, onde as rochas se encontram.

Sob chuva parei, acertei a moto e tirei algumas fotos.

Do nada me aparecem 2 caras com garupas e de CG, conversei com eles e ambos me disseram que dava para encarar, daí não tive duvidas, sentei o dedo.

E dei muita sorte, a chuva parou, o tempo abriu e desci parecendo criança com brinquedo novo, a cada curva uma nova paisagem de perder o fôlego.

Valeu a pena arriscar!!!

No fim da serra eu estava chorando de alegria, não só pelo desafio superado, mas pelo stress, a paisagem, etc.

Vídeos subindo no youtube.com/czroliveira, espero que subam enquanto faço este texto.

Parece brincadeira, mas o pós serra é pior que ela, mais cascalho, pedras enormes, soltas e pontiagudas ... meu medo era furar um pneu qualquer no meio do nada, sem sinal d celular, etc.

Graças a Deus, nada de ruim ocorreu.

Cruzei cidades pequenas, vilas, igrejas e numa destas vilas, a sirene da minha moto resolveu disparar (eu havia esquecido de cobrir o controle dela protegendo da chuva).

Tive que parar numa casa e pedir um secador de cabelos emprestado ...

Segui até Lauro Muller, onde estou agora, cheguei cansado e quebrado, mas com a sensação maravilhosa de dever cumprido.

Parei na primeira pousada que encontrei, em frente ao Fórum ...e, por R$ 70,00 tenho um quarto com ar e - BANHEIRO PRIVATIVO ...  um luxo só kkkkkk

Ah, as paredes que dividem os quartos são de madeira e dá para ouvir qualquer coisa que ocorra nos quartos do lado kkkk

Enfim, tem internet, não tem café da manhã, o funcionário foi bem gentil e, enquanto eu estava aqui digitando, comecei a ouvir uma musica tocada por sanfona, abria janela e embaixo dela tinha um menino treinando, muito legal, gravei e vou subir o vídeo para vocês verem.

Agora vou sair p comer algo, enquanto os vídeos sobem, amanhã a idéia é subir a Serra do Rio do Rastro (noutra viagem eu a desci apenas) e dormir em TREZE TÍLIAS.

Bom, nada dos videos subirem ... são 2 de mais de 7 minutos cada ... enfim, vou terminar de relatar o dia.

Fui numa lanchonete indicada pelo funcionário da farmácia, pedi um XFrango e não perguntei como era o lanche ... não sei se vocês sabem, mas odeio milho e, é claro, veio meio quilo destas coisas amarelas do inferno ... são tão ruins sequer o intestino as quer, tanto que saem como entraram ....

Como estou com tempo, tive a manha de pedir um garfo e faca e separar tudo, comento somente as ervilhas.

De barriga cheia resolvi ir andando até o centro para conhecer ...gastei chinelo a toa, não tinha nada e voltei para meus aposentos.

Espero que estejam curtindo comigo esta minha miniférias.

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Abraços

Cezinha

ps. subi as fotos do celular para o blog, e não sei porque sobem na ordem invertida ....