segunda-feira, 21 de novembro de 2016

11º Dia – 21/11/2016 – Ciudad Del Este / São Paulo

Bom galera, tudo que é bom, uma hora acaba.

chegou a hora de voltar:



E como sempre digo, viajar é bom, mas voltar para casa é sempre ótimo.

Segundona cedo (embora para mim fosse sábado), carreguei a moto, amarrei o presente de natal da Sofia e era só partir mas ... meu pneu traseiro estava zerado, mais murcho que meu bolso ...








Devagar fui até um posto de gasolina mais próximo para abastecer e encher o pneu, saberia com isso se o furo era grande ou não.

Enchi, esperei um pouco e ... nada, não murchou.

Sai rumo ao Brasil pois se fosse para consertá-lo, achei que seria melhor com alguém que falasse português e recebesse em real.

Rodei uns 50 kms e parei para conferir o pneu, tinha baixado pouco, umas 5 libras.

Mais 50 e menos 5, opa, constatei q eram 10 libras a menos a cada 100 kms, mantive então uma média de parada de 150 a 200 kms, algo normal para este tipo de viagem.

A estrada para casa é super tranquila, mega pedagiada, aliás, isto é um ponto a ser documentado - ô pedágios caros - cheguei a pagar R$ 9,00 (sendo o dobro para carro).



Lá pelas tantas uma pena subiu do motor, logo depois outras e mais outras, achei estranho e parei para abastecer, calibrar o pneu e ver de onde vinham as penas.

Tinha (novamente) atropelado um pássaro, uma rolinha que entrou no tubo de ar que vai para o radiador:






Foi aquela lambança, sangue para todo lado, mas vambora, mais uns 150kms.

Não sei porque, do nada, foi de mando um sono danado, daqueles que te faz sonhar de olho aberto, então fiz o que tinha que ser feito, parei num posto qualquer, deitei num banco e dormi por uns 15 ou 20 minutos, o suficiente para sonhar e acordar zerado.

Ao longo da estrada encontrei marcas dos irmãos de estrada:




E, para ter certeza que não dormiria mais, tomei uns 2 litros de red bull kkkk.


Já no final do dia estava chegando em SP, o sol se punha nas minhas costas, como se despedindo lenta e solenemente.

Só quem já passou por esta sensação sabe como é prazeiroso.







Enfim, por volta das 20h aportei em casa, com pouco mais de 3.400 kms rodados (zerei o odometro quando estava em Embu rs, então soma uns 50 ai), com a alma lavada e feliz da vida.



Agradeço a Deus por cada km rodado, aos amigos e a todos vocês que tem saco de me aturar rs.

Até a próxima.

Abraços.

Cezinha

domingo, 20 de novembro de 2016

9º a 10º Dia – 19 e 20/11/2016 – Ciudad Del Este

Olá Pessoal.

Bom, como já havia dito meu amigo EDU NOVISKI, manter o blog é como um diário de guerra, perdeu um dia de escrever ... atrasa tudo.

Hoje é domingo, dia 27 de novembro, acabo de almoçar com meu pai e então to com tempo para redigir estes ultimos dias desta que foi uma mega mini férias rs.

Sábado e domingo foi para relaxar, passear de barco, tomar cerveja gelada, fazer xurras e, é claro, mais cerveja gelada.

Nossos irmãos paraguaios são gente da melhor qualidade e fazem de tudo para nos agradar, duro é retribuir isso quando eles vem para cá.

Fato é que passeei pelo Rio Paraná no "bote" do BENTO o dia todo, uma sofrência que não desejo a ninguém kkkkk

Seguem algumas fotos de como foram torturantes meus dias e noites:
















Relaxado, hora de voltar para casa.

Abraços.

Cezinha

sábado, 19 de novembro de 2016

7º a 8º Dia – 17 e 18/11/2016 – Treze Tilias / Ciudad Del Este

Boa tarde pessoal.

Definitivamente Treze Tílias (um tipo de árvore – aham, frentista me contou) é uma cidade visitável, tudo muito belo, europeu, limpo, etc. recomendo mesmo.

Acordei cedo, arrumei minhas coisas, fui me despedir da Brigite e pegar estrada, não sem antes dar um role pela cidade.

Na noite anterior fiz uma mudança de planos, a princípio o caminho mais recomendável era seguir para o norte até Londrina, virar à esquerda e chegar a Foz do Iguaçu mas ..... conversando com o TATO e o BENTO (aqui do Paraguai), alinhamos um caminho pelo norte da Argentina.


Mas tínhamos 2 problemas, não fiz a “carta verde” (equivalente ao nosso DPVAT e obrigatório para rodar no Mercosul), teria que comprar este seguro assim que passasse a fronteira, blz!

No trecho que eu percorreria tinham 2 postos policiais, e todos sabemos que a polícia argentina é  ... complicada ...

Enfim, tá no inferno ? abraço o capeta ! Vambora.

O trecho de Sta. Catarina até a divisa com o norte da Argentina está muito bom, asfalto novo, tudo bom demais ai eu acabei abusando demais numa curva e .... calma, não cai, mas quase.

Como passam muitos caminhões neste trecho, o asfalto “enruga” em algumas curvas, e quando entrei forte numa delas fui para cima deste asfalto deformado, bati forte a moto nele e quase comprei um terreno; parei para ver se tudo estava bem e, graças a Deus, tudo tranquilo.

Segui mais cauteloso, afinal de contas estou sozinho, sem sinal de celular e quero voltar inteiro para casa.

A última Cidade no Brasil é Dionísio Cerqueira, lá tem a fronteira seca com los Hermanos.

A travessa foi tranquila, fiz o “permisso” (trouxe passaporte, um documento para ser sempre carregado pois, às vezes, vale mais que o RG, CNH, etc.), me restava comprar a Carta Verde.

A bendita loja que vendia estava “cerrada”, e não tinha outra opção de compra, cabia a mim decidir voltar e fazer o caminho por terras tupiniquins ou arriscar.

Arrisquei e segui sentido Eldorado.

Ao longo do caminho várias vilas, pequeninos bairros com suas casas muito coloridas, pessoas bem claras com outras bem escuras (tipo bugre), a estrada está em bom estado e tem pouco tráfego.

Por orientação do TATO, enchi o tanque no Brasil pois não teria esta opção na Argentina, então tinha autonomia suficiente para não precisar parar.

O primeiro posto policial chegou e foi tranquilo, os guardas nem me deram atenção e passei na boa.

De repente veio uma chuva forte, parei para guardar as coisas e esconder os poucos dólares que estavam comigo e tirar algumas poucas fotos.

Aqui vai um parênteses, meu celular Motorola está uma droga, então trouxe um extra por via das dúvidas. Várias fotos do Motorola não foram salvas. Ah, minha velha companheira TX 10 “desapareceu” em casa, tenho certeza que foi o fdp do marceneiro ... fazer o que ?

Estava me guiando pelo maps do google pois meu gps só está com mapa do Brasil, tive que desligar o aparelho e, quando o liguei, o bendito maps não quis trabalhar off line, estava às cegas.

Fiz o que fazíamos antes do GPS, li placas kkkkk

E assim, no modo analógico, cheguei a Eldorado e peguei a ruta 12 sentido norte.

Ao longo da via me chamou a atenção a grande quantidade de pequenos animais atropelados, assim como as placas avisando os usuários sobre o perigo que eles representam.

Sugiro que não façam este trecho a noite.

Quilômetros depois veio o segundo e último posto policial, de longe os vi no meio da pista parando veículos. Mais perto constatei que estavam parando os veículos que estavam no sentido contrário a mim .... que alívio, passei batido.

Neste trecho tem pedágios, mas motos não pagam e passam pelo lado externo deles.

Chegando em Puerto Iguaçu (sem GPS) me perdi e tive que ficar perguntando para o povo na rua até achar a aduana.

Nesta cidade me chamou a atenção a grande quantidade de gringos, a maioria mochileiros, jovens, bem legal isso.

Fiz a aduana, voltei ao meu país e, como já disse antes, é muito bom ler a placa de bem-vindo, mesmo só tendo passado poucas horas fora.



Já com o GPS funcionando e com 4G a todo o vapor, coloquei o endereço do hotel (Salzburgo) no waze e segui feliz para outra fronteira.

Cheguei ao hotel tranquilamente e a Sole (esposa do Tato) já estava me aguardando, ansiosa para tomar uma gelada kkkk

Basicamente fiz check-in, banho, roupa limpa e bora para um xurras com os Carpe Diem Moto Clube.

Tato, Sole, Giovana, Fabrizio, Montse, a “ex do bento” kkkk e o próprio Bento nos fartamos comendo churrasco, tomando cervejas e a “criptonita”.

Quebrado voltei para o hotel e capotei.

O dia 18 foi dedicado ao ócio, passeio pela cidade e, depois do almoço, passeio de barco pelo Rio Paraná.

A noite fui jantar com o Tato e a Sole num shopping muito parecido com os de Miami, nada a ver com aquela muvuca na beira da fronteira.

Para fechar a noite fomos ao Hotel Cassino que a Montse trabalha para ouvir música e tomar umas caipirinhas.

Ufa, acho que é tudo por hoje.

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Abraços

Cezinha

Treze Tílias














jantar típico austríaco/germânico




Não sei porque as fotos subiram fora de ordem ... enfim, lá vão elas:

o trajeto efetuado


onde dormi em Treze Tílias


aduana do Brasil - Argentina



"permisso"


local para comprar a "carta verde"



marco das 3 fronteiras - fechado!


minha recepção


jantar de chegada







passeio básico pelo Rio Paraná




sinto que gerei muita segurança ao Bento




pensando em algo kkkk



servidos ?



el lôco!


um desbravador rs


jantar de ontem



estrada a caminho daqui










quase chegando






estradas argentinas










fronteira



dá para ver o ponto preto na pista ?


ainda bem que vi de longe




hora de virar ao norte 







já no Brasil




esta placa sempre me emociona


marco das 3 fronteiras


almoço do dia


el piloto