segunda-feira, 13 de novembro de 2017

1º dia – Boiçucanga-Paraty – Paraty/RJ-Carrancas/MG

Então, existem lugares que não importa quantas vezes eu passo por ele, sempre me impressiono com a beleza dele.

E é isto que ocorre quando viajo pela Rio-Santos.

Mas vamos ao relato:

Acordei com a preguiça do cara que fez a bandeira do Japão, enrolei e acabei saindo tarde de boiçucanga e, de lá até Paraty, apesar de ser menos de 200 kms, demora muito pelo excesso de lombadas e radares.

Compensa pela beleza do caminho, Ubatuba, Caraguatatuba, Ilha Bela, etc, cada curva um visual novo e encantador.






















Em Paraty já entrei sentido Cunha e, como havia dito noutro post, o Instituto Estrada Real tem um “passaporte” que é disponibilizado ao turista, bem legal, precisa apenas entrar no site, efetuar o cadastro e parar num dos postos para retirar.





Fiz o procedimento certinho, só esqueci que precisava dar um quilo de comida para doação.

Pouco antes de chegar em Paraty havia uma parada na rodovia para reforma, tive que esperar e, quando fui ligar a moto, o GPS não ligou, tentei várias vezes e nada. Fiquei chateado pois, mesmo com o celular, eu já tinha feito todas as “rotas” no GPS, controlo velocidade por ele, etc.

Como não tinha levado o quilo de comida fui no “mercadinho do Quequeu” comprar algo; para minha sorte do outro lado da rua tinha uma oficina de conserto de celulares, o cara me emprestou uma chave allen, tirei a bateria, coloquei de volta e beleza, GPS voltou a vida.

Na hora pensei: se eu não tivesse saído do curso para comprar a doação, não teria arrumado o GPS. Como dizem, quando se faz o bem ...

Passaporte nas mãos, vamos começar o passeio propriamente dito.

O inicio da estrada sentido Cunha esta uma droga, para não dizer outra coisa, buracos e lombadas aos montes, com o tempo a mata começa a tomar conta das bordas da pista e começa a subida.

É um trecho muito sinuoso, com curvas muito fechadas, em alguns pontos somente um carro pode passar, mas é tranquilo se for feito com cautela.

O trecho final do Rio de Janeiro é de pedra, em São Paulo asfalto.

Já no começo dá para ver os totens da Estrada Real.














Até chegar a rodovia Dutra se passa por muitas, muitas e muitas curvas, dá gosto de arredondar os pneus, ainda mais numa segunda-feira quanto a estrada fica praticamente vazia.

Na Dutra segui até Canas, quando logo depois já se sai sentido Passa Quatro, estrada tranquila, ótimo asfalto, bem sinalizada, poucos radares.







  
Não demora muito e já se entra no Estado de Minas Gerais, ou seja, mais curvas.



Pessoalmente eu gosto muito de Minas Gerais, viajar para lá (no caso aqui) é sinônimo de morro, ou seja, curvassss.

Segui sentido Cruzília e em vários pontos fui lembrando de viagens anteriores que já passei por esta via sem perceber que era a Estrada Real.

Como o foco desta viagem é a Estrada Real, passei a reparar nos vários pontos indicativos dela, alguns eu parei para fotografar e registrar o ponto.












Quando cheguei em Cruzília me enrolei com o GPS e passei direto, rodei uns 30 kms a toa e, quanto percebi a falha (do GPS, claro), voltei e cruzei Cruzília (trocadilho sem graça este).

Feito este trecho, chegou a hora que separa os homens dos meninos.

A Estrada Real sentido Carrancas é de terra, quase 40 kms ...

Tem a opção para as frangas (proprietários de BMs kkkk) que seria seguir por Minduri, mas resolvi fazer a opção de maXo.































A estrada está em boas condições na sua maior parte, alguns trechos com pedrinhas soltas e areião, mas nada que causasse medo.

Como disse, nada de medo, mas cagasso deu nos Mata Burros.

A maioria deles tem travessas de ferro perperdinculares à pista, até ai, ok.

Mas em alguns as travessas estão paralelas à pista, dá medo do pneu entrar no vão e travar.

Mas o pior não é isto, o pior é que em alguns destes paralelos não tinham todos e daria para enfiar as bengalas inteiras da moto nos vãos. Isto deu o tal cagasso.


Graças a Deus passei por todos sem cair, travar, enroscar, etc.

O problema é que viagem na terra não rende, já estava ficando tarde e nada de chegar à civilização.

Fica um misto de vontade de tirar foto e curtir a passagem X acelerar para não viajar a noite numa estrada desconhecida e de terra.

Novamente, graças a Deus, tudo sempre dá certo.

O sol estava só no fiapinho quando cheguei aqui em Carrancas.









A cidade é tão pequena que quando pergunte a distancia da Pousada para o Centro, a senhora respondeu “moço, aqui é tudo centro, não tem bairro não” rs.

Estou hospedado numa pousada chamada “Caminho das Águas” ao preço de R$ 80,00 com café da manhã e garagem.


Instalado, sai pelo “centro” a procura de um lugar para jantar, a cidade só tinha um trailer de lanche e um restaurante aberto.

Passei pela praça central, tirei fotos, ouvi o sino tocar e jantei no restaurante.







Agora é descansar para amanhã continuar o role até onde der.

Abraços.


Cezinha 

7 comentários:

  1. Que da hora, fui muito pra Carrancas, tinha uma namorada que morava lá. Altas cachoeiras. Abraços
    Marujo

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    1. tinha uma moça c 1 criança perguntando p vc ... ainda bem q vc falou kkkk

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  2. Rapaz até que enfim um relato, já estava confirmado que tu tinha se transformado em um coxinha master kkk...
    Abcs e excelente viagem amanhã!

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  3. Muito boa a descrição da viagem. Principalmente porque está tudo em ordem quanto a sua vida. Aproveite.

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