Então, existem lugares que não importa quantas
vezes eu passo por ele, sempre me impressiono com a beleza dele.
E é isto que ocorre quando viajo pela Rio-Santos.
Mas vamos ao relato:
Acordei com a preguiça do cara que fez a bandeira
do Japão, enrolei e acabei saindo tarde de boiçucanga e, de lá até Paraty,
apesar de ser menos de 200 kms, demora muito pelo excesso de lombadas e
radares.
Compensa pela beleza do caminho, Ubatuba, Caraguatatuba,
Ilha Bela, etc, cada curva um visual novo e encantador.
Em Paraty já entrei sentido Cunha e, como havia
dito noutro post, o Instituto Estrada Real tem um “passaporte” que é
disponibilizado ao turista, bem legal, precisa apenas entrar no site, efetuar o
cadastro e parar num dos postos para retirar.
Fiz o procedimento certinho, só esqueci que
precisava dar um quilo de comida para doação.
Pouco antes de chegar em Paraty havia uma parada na
rodovia para reforma, tive que esperar e, quando fui ligar a moto, o GPS não
ligou, tentei várias vezes e nada. Fiquei chateado pois, mesmo com o celular,
eu já tinha feito todas as “rotas” no GPS, controlo velocidade por ele, etc.
Como não tinha levado o quilo de comida fui no “mercadinho
do Quequeu” comprar algo; para minha sorte do outro lado da rua tinha uma
oficina de conserto de celulares, o cara me emprestou uma chave allen, tirei a
bateria, coloquei de volta e beleza, GPS voltou a vida.
Na hora pensei: se eu não tivesse saído do curso
para comprar a doação, não teria arrumado o GPS. Como dizem, quando se faz o
bem ...
Passaporte nas mãos, vamos começar o passeio
propriamente dito.
O inicio da estrada sentido Cunha esta uma droga,
para não dizer outra coisa, buracos e lombadas aos montes, com o tempo a mata
começa a tomar conta das bordas da pista e começa a subida.
É um trecho muito sinuoso, com curvas muito
fechadas, em alguns pontos somente um carro pode passar, mas é tranquilo se for
feito com cautela.
O trecho final do Rio de Janeiro é de pedra, em São
Paulo asfalto.
Já no começo dá para ver os totens da Estrada Real.
Até chegar a rodovia Dutra se passa por muitas,
muitas e muitas curvas, dá gosto de arredondar os pneus, ainda mais numa
segunda-feira quanto a estrada fica praticamente vazia.
Na Dutra segui até Canas, quando logo depois já se
sai sentido Passa Quatro, estrada tranquila, ótimo asfalto, bem sinalizada,
poucos radares.
Não demora muito e já se entra no Estado de Minas
Gerais, ou seja, mais curvas.
Pessoalmente eu gosto muito de Minas Gerais, viajar
para lá (no caso aqui) é sinônimo de morro, ou seja, curvassss.
Segui sentido Cruzília e em vários pontos fui
lembrando de viagens anteriores que já passei por esta via sem perceber que era
a Estrada Real.
Como o foco desta viagem é a Estrada Real, passei a
reparar nos vários pontos indicativos dela, alguns eu parei para fotografar e
registrar o ponto.
Quando cheguei em Cruzília me enrolei com o GPS e
passei direto, rodei uns 30 kms a toa e, quanto percebi a falha (do GPS,
claro), voltei e cruzei Cruzília (trocadilho sem graça este).
Feito este trecho, chegou a hora que separa os
homens dos meninos.
A Estrada Real sentido Carrancas é de terra, quase
40 kms ...
Tem a opção para as frangas (proprietários de BMs
kkkk) que seria seguir por Minduri, mas resolvi fazer a opção de maXo.
A estrada está em boas condições na sua maior
parte, alguns trechos com pedrinhas soltas e areião, mas nada que causasse
medo.
Como disse, nada de medo, mas cagasso deu nos Mata
Burros.
A maioria deles tem travessas de ferro
perperdinculares à pista, até ai, ok.
Mas em alguns as travessas estão paralelas à pista,
dá medo do pneu entrar no vão e travar.
Mas o pior não é isto, o pior é que em alguns
destes paralelos não tinham todos e daria para enfiar as bengalas inteiras da
moto nos vãos. Isto deu o tal cagasso.
Graças a Deus passei por todos sem cair, travar,
enroscar, etc.
O problema é que viagem na terra não rende, já
estava ficando tarde e nada de chegar à civilização.
Fica um misto de vontade de tirar foto e curtir a
passagem X acelerar para não viajar a noite numa estrada desconhecida e de
terra.
Novamente, graças a Deus, tudo sempre dá certo.
O sol estava só no fiapinho quando cheguei aqui em
Carrancas.
A cidade é tão pequena que quando pergunte a
distancia da Pousada para o Centro, a senhora respondeu “moço, aqui é tudo
centro, não tem bairro não” rs.
Estou hospedado numa pousada chamada “Caminho das
Águas” ao preço de R$ 80,00 com café da manhã e garagem.
Instalado, sai pelo “centro” a procura de um lugar
para jantar, a cidade só tinha um trailer de lanche e um restaurante aberto.
Passei pela praça central, tirei fotos, ouvi o sino
tocar e jantei no restaurante.
Agora é descansar para amanhã continuar o role até
onde der.
Abraços.
Cezinha
Que da hora, fui muito pra Carrancas, tinha uma namorada que morava lá. Altas cachoeiras. Abraços
ResponderExcluirMarujo
tinha uma moça c 1 criança perguntando p vc ... ainda bem q vc falou kkkk
ExcluirRapaz até que enfim um relato, já estava confirmado que tu tinha se transformado em um coxinha master kkk...
ResponderExcluirAbcs e excelente viagem amanhã!
kkkkkk
ExcluirMuito boa a descrição da viagem. Principalmente porque está tudo em ordem quanto a sua vida. Aproveite.
ResponderExcluirvaleuuuu
ExcluirCagasso ou cagaço???
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