sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Hora de voltar para casa

Acordamos bem cedo, o tempo havia mudado completamente e as chuvas se avizinhavam.

Como tudo já havia sido previamente guardado e arrumado, tomamos um café e rapidamente estávamos prontos para partir.

O BENTO nos levou até a via principal que chega à fronteira e a chuva começou a cair.

Como havíamos "entrado" oficialmente no país, tínhamos que "sair", o BERTOLI devolveu o permisso dele e eu o carimbo de saída, neste momento a chuva já estava forte.


Os trâmites são simples e rápidos e, pela primeira vez, tenho carimbo do Paraguay no meu passaporte.

Nosso objetivo era chegar a Presidente Prudente para encontramos o SILVESTRE e a ANDRÉIA, um trajeto simples de pouco mais de 400 Kms, algo fácil, senão fosse a chuva.

O trecho de pista simples de mão dupla tem ônibus e caminhão a dar com pau, a chuva não dava trégua e a tudo isto somou-se o vento lateral que judiou DEMASIADAMENTE da VALENTINA e de mim.



O BERTOLI, com a GTL também sofria, mas muito menos obviamente.

Quando paramos em JURANDA/PR, tendo rodado apenas 260 kms em mais de 4 horas, chegamos a um momento decisivo, continuar ou parar.

A cidade mais próxima com infraestrutura era Campo Mourão (70 kms), até o destino ainda 340 kms. E aí?

Eu estava num estado deplorável, encharcado, músculos doloridos e muito inseguro. A valente VALENTINA já dava sinais de cansaço, falha elétrica e mecânica (filtro de ar cheio de água, mas só descobri isto depois).

Já passei por muitos perrengues, calor, frio, chuva, etc., nunca arreguei, mas desta vez não me sentia confortável para continuar.

Ah sim, sentia que estava quase com hipotermia, quando paramos para abastecer eu comecei a tremer descontroladamente, tomei 2 chocolates quentes e nada.

Hora de jogar a toalha.

Chamei a seguradora, comuniquei a pane elétrica e pedi um guincho. enquanto ele chegava fui no banheiro e troquei a roupa molhada por seca, isto ajudou muito a melhorar a temperatura do corpo e voltar ao normal.

O BERTOLI também ponderou muito, mas ele ainda estava seco e a moto dele estava normal, então ele resolveu arriscar e tocar até onde desse, conseguiu chegar a PARAGUAÇU PAULISTA na casa de parentes.

Foi meio enrolado o desenrolar do guincho, mas no final deu tudo certo e, por volta das 5h da madrugada de sexta para sábado cheguei em casa.

Foi o fim de mais uma "viagem do descarrego".

Não foi a chegada mais digna, mas cheguei inteiro, vivo e pronto para outra.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Ciudad del Leste - PY - dia de descanso, compras e passeio de barco

Ir ao Paraguay e não fazer compras é como ir 
a Roma e não ver o Papa.

O BENTO, como sempre, super anfitrião e nos faz nos sentir em casa, realmente ficamos super a vontade e, com certeza, jamais conseguiremos retribuir a hospitalidade que ele sempre nos dispensa.


O mesmo se diz do TATO, já da SOLE .... kkkkk brincadeira, todos são gente finíssimas e recebem muito bem todos que por lá passam.

Enfim, acordamos tranquilamente e tomamos um belo café da manhã, saímos para o centro para fazer compras.



Acreditem, o IPhone lá está mais barato que nos EUA (vi direto na loja da Apple), resisti à tentação e não comprei um novo (graças à DANI que me chamou à realidade rs), comprei apenas um capacete novo e um intercomunicador.

O BERTOLI comprou perfume para a LU e outras coisas de uso pessoal.

Almoçamos numa ótima churrascaria e fomos fazer um delicioso passeio de barco pelo Rio Paraná. Já fiz este passeio várias vezes com o BENTO, mas nunca me canso, é muito gostoso.
















A diferença desta vez foi o prejuízo que tomei ... ao fazer um vídeo fazendo graça para os amigos, perdi os óculos escuros ...






A noite ficamos na companhia do TATO, SOLE e GIOVANA no bar CAPITÃO, o BENTO foi na formatura do afilhado.


Dormimos cedo pois amanhã cedo partiremos para casa e a promessa é de chuva ...

PS. - abaixo o BERTOLI em seu momento HOMO, lavando as scooters para a volta

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Santiago/RS - Ciudad Del Leste/PY - 9h rodando - 3 países

Hoje ficamos realmente cansados, quebrados, sujos e fedidos, mas, como sempre, valeu a pena.

Exatamente as 9:30h saímos da oficina com a Valentina zerada, óleo novo e uma correia de verdade instalada (original e não gambiarra).

Ela voltou ao glamour original.




Seguimos pela BR287 sentido São Borja, estrada boa, pelo menos sem buracos.



Era meio dia quando chegamos na divisa Brasil/Argentina (Ponte Internacional), minha Valentina estava entrando na reserva e resolvemos não arriscar, voltamos para São Borja e abastecemos.



Enquanto abastecíamos as motos um sr. apareceu e começou a falar da 750cc dele que ele queria se livrar, insistiu e nos levou para vê-la.

É uma 7 galo 1990, muito bonita e ele garantiu que está ótima, apesar de não tê-la ligado porque a chave estava não sei onde. Quer 16 mil, mas senti que a venderá por muito menos, se alguém se interessar ... eu passo o contato.

Voltando à viagem, os trâmites de saída foram muito simples, eu com passaporte e o BERTOLI com RG, apresentamos os documentos pessoais e das motos, carimbo para mim e permisso para ele.

Um pedágio de R$ 10,00 por moto e fim, estávamos em terras dos hermanos.



Seguimos pela EN14 direto, sob um sol de 33.5 graus até Posadas (onde teríamos dormido senão fosse a quebra da correia).

Todo o trecho foi de estrada simples, mão dupla, mas sem buracos.

Quando chegamos na ponte que liga a Argentina ao Paraguai havia uma fila bem considerável, mas até que não demorou muito para os trâmites e saímos do país tranquilamente.


Metros à frente, nova Aduana, agora do Paraguai e com trâmites iguais ao anterior, 5 minutos e fim, estávamos na rodovia 6, em Encarnación.



Paramos para abastecer, algo em torno de 54.000 guaranis para encher o tanque.

Neste momento tivemos uma desagradável constatação, um cara com placa do Rio de Janeiro com uma harley pequena parou conosco no semáforo e sequer nos olhou, babaca e prova viva de que "motociclista" não é só ter uma moto.

Comemos um lanche, tomamos gatorade e seguimos.

As estradas do Paraguai são chatas, sem curvas e com algumas lombadas, mas tudo compensa pela simpatia do povo que nos cumprimenta e estão sempre sorrindo.

O TATO e a mala da mulher dele (SOLE) avisaram que viriam nos encontrar, então ficamos esperto para quando iríamos cruzá-los.

Logo após um túnel natural formado por árvores enormes eu os avistei, claro que o TATO não nos viu, mas a SOLE não perde nada kkkk.

Rodamos juntos mais de 150kms e, no meio do trânsito intenso de Ciudad Del Leste no auge do rush, conseguimos chegar sãos e salvos no BENTO'S RESORT.

Durante todo este trajeto algo não teve como passar desapercebido - COMO A SOLE FALA, PQP, O TEMPO TODO FALANDO PELO INTERCOMUNICADOR E GESTICULANDO NA GARUPA DO POBRE TATO, este vai direto para o céu, sem escala.

No Bento's Resort tivemos aquele atendimento de qualidade padrão, cerveja gelada, piscina, bom papo e muita diversão.

Agora o BENTO colocou um avental em homenagem a um "amigo" dele que mora na Europa ... e está assando um dourado para jantarmos.

A idéia inicial é irmos embora amanhã, mas ...



 
  






terça-feira, 20 de novembro de 2018

jantar com Leon e família

Somente motociclistas tem o prazer de, do nada, fazer amizades que duram a vida toda.

Há muito tempo fui num encontro da IRMANDADE ESTRADEIRA em BAGÉ/RS, lá conheci o Cesinha e a Rita, ambos dos FALCÕES MC.

Os anos passaram e nos cruzamos inúmeras vezes nos eventos deles em Guarulhos/SP.

Quanto postei hoje o ocorrido e que estava em Santiago/RS, imediatamente a RITA me mandou um whatsapp falando do DE LEON "o melhor tatuador do sul, harleyro, gente boa", e que era para entrar em contato com ele para o que precisasse.

Bom, fiz o contato e fui prontamente respondido; ele estava vindo de outra cidade onde fora tatuar.

A princípio não íamos sair por preguiça, mas pensamos melhor e decidimos aceitar o convite dele para conhecer a cidade.

Por whats, ele nos avisou que ia jantar com a filha, que passaria no hotel para nos pegar e depois nos traria - achei que seria meio abuso da nossa parte, mas dane-se, afinal de contas a RITA deu ótimas recomendações do cara, ele foi muito solícito e eu sei que MOTOCICLISTA não tem mimimi.

Ele veio nos pegar com sua "prenda" (namorada) CHER e fomos ao centro numa lanchonete, sua filha (me fugiu o nome, desculpa) chegou junto com o lindo filhinho.


É muito legal como o papo rola solto, parecia que já nos conhecíamos a anos, motos, tatuagens, piercing, viagens (o cara já viajou mais que notícia ruim), tudo, rimos muito e nem vimos o tempo passar.

Depois de jantarmos um delicioso lanche assado, ainda tivemos direito a um city tour com direito a visita ao studio e sede do O CLÃ MG que, aliás, comemorará seu 6o. aniversário nos dias 16 e 17 de março/19 num local muito amplo, tenho certeza que será um sucesso e, se der ...quem sabe não voltaremos.







Enfim, graças à RITA DO CESAR, hoje nasceu uma grande amizade, coisas de MOTOCICLISTAS que sabem fazer de um limão uma deliciosa caipirinha rs.

PS. o fdp não nos deixou pagar as cervejas que tomamos, precisamos agora retribuir.

PS2. o BILHÃO, Carpe de Brasilia, também se preocupou com nossa situação e indicou um amigo na cidade. Conversei com ele que se prontificou em nos ajudar no que precisássemos. Valeu BILHÃO e PARAÍBA.