A previsão do tempo estava certa
... nunca vi tanta neve na minha vida (apesar que só vi neve nas cordilheiras
dos Andes rs).
Vamos “começar do começo”!
6:30 despertei (se fosse para
trabalhar ... enfim), me ajeitei, tomei o café da manhã, busquei a moto e me
preparei.
E quando digo “me preparei”, falo
sério, segunda pele completa, blusa extra, saco plástico sobre as meias, luvaS
(sim, no plural), e capa de chuva sobre a cordura.
Parece exagero né ?? Não foi !!
Não me dei tanto mal como ontem, mesmo porque hoje foi
pouca a chuva, mas passei frio novamente.
Combinou-se que, antes de pegar a estrada, iríamos numa
loja de coisas para moto, loja de brinquedo de adultos.
Lá perdeu-se muito tempo e, pouco depois das 11h, saímos para
a estrada propriamente dita.
Primeira parada – entrar na SUÍÇA (que coisa chique) – no
meio da estrada havia uma cabine com uns guardas, coisa simples e frustrante,
como entrar na Áustria.
A diferença foi a paulada, o “vale entrada” da Áustria,
conforme disse outro dia, foi de 5 euros ... na Suíça – 45 Euros, sem dó nem
constrangimento.
O negócio foi pagar e tocar o pau.
Não há diferença entre as estradas alemãs das suíças, só se
vê nitidamente a mudança nas palavras, o palavrão suíço é pior que os alemães
rs.
No meio do nada existe
um país minúsculo chamado LIECHTENSTEIN,
o tamanho dele é de 160 km², um bairro
praticamente, mas é muito, muito rico, a base da economia – DIZEM – é a lavagem
de dinheiro.
Ele
fica à esquerda da rodovia, basta atravessar uma ponte e bummm, você está no
país.
Parei
para umas poucas fotos e, como estava atrasado, o Carlos da Melbourne Turismo
(que me trouxe para cá), definiu por almoçarmos lá mesmo.
Sabia
decisão.
Achamos
um restaurante pequeno e comi um lanche árabe, esqueci o nome, mas é de frango,
salada e maionese, muito bom e barato (11 euros já incluído o refrigerante).
Sabem
o famoso churrasco grego ?? vejam na foto abaixo o similar daqui.
Voltei à estrada e, seguindo o roteiro, após alguns
quilômetros, sai para as vias secundárias.
Passei por cidades que parecem cartão postal e logo comecei
a subir, subir e ... subir.
Eram os Alpes Suíços que me aguardavam.
Não demorou para encontrar a neve, muita neve.
Parei e, como bom adulto, me pus a brincar com a neve,
fotografar, etc.
A estrada circula a montanha, passando por pontes de
madeira e curvas deliciosas.
Praticamente cruzado os Alpes tinha 2 opções, finalizar de
trem ou continuar na estrada.
Ocorreu que, por conta da neve, a estrada foi fechada,
então fui obrigado a ir de trem.
Coisa de maluco, você embarca a moto, carro, ônibus, etc.,
num trem e roda 19kms debaixo da montanha.
Como estava de moto, fui orientado e engatá-la, e manter-me
montado, caso o balanço do trem viesse a derrubá-la. Amarrar a moto ?? magina!!
Foi uma assustadora, bela e inesperada aventura pelo módico
preço de 12 euros.
Superada esta fase, toca fazer curva no meio da neve e mais
parada para fotos.
Este trecho desemboca na frente de um túnel e, do outro
lado, me esperava a Itália.
O túnel dá medo, é longo e estreito, não sei como é feito o
controle de tráfego pois, se alguém vier de frente ferrou ... não cabem 2
veículos.
Um pouco antes de uma ponte havia outra cabine e um único
guarda que, pelo montante de 20 euros, autorizou minha entrada na terra da
massa.
O termômetro da moto variava entre 0 a 2 graus positivos
mas era um frio suportável.
O caminho da divisa até aqui, Livigno, é lindo pois
serpenteia um enorme lago com águas verdes, típica de degelo.
Fizeram uma espécie de túnel, mas com “janelas”.
Este trecho (de tuneis) também tem muitas curvas e, em
várias delas, vê-se cruzes, provavelmente marcando o falecimento de alguém
naquele ponto.
Eu filmei todo este trecho mas a gopro não! Sei lá que pau
deu nela, os filmes existem mas não são exibíveis, tentei há pouco atualizar os
software mas nada...
Finalmente, lá pelas 18:30h cheguei em Livigno.
É uma cidade maravilhosa, branca, totalmente coberta de
neve e no meio de várias montanhas.
Não demorou para achar o guia Estevão e o Carlos que me
trouxeram para o hotel.
Ai outro ponto alto, que puta hotel, show de bola, tudo bem
arrumado e lindo.
Banho tomado, desci para jantar uma comida 5 estrelas e com
direito a visita do dono do hotel para explicar sobre a cidade, dizer que aqui
é zona franca (0 de impostos), atrações, etc.
E este é o resumo de hoje, um dos “sábados” mais
maravilhosos da minha vida.
Amanhã será um “sábado”
de descanso, vou passear pela cidade e deixar a magrela descansando.
Por fim, preciso fazer uma correção: ontem citei que o Sr.
que me deu suas luvas foi caridoso, na verdade quis dizer “SOLIDÁRIO”, confundi
as palavras.
Este texto, como os outros, será
publicado sem revisão, então peço perdão por eventuais erros.
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Abraços.
Cezinha
Fotos
GoPro
Alpes Suíços
do outro lado, Itália
IPhone
que venha o frio
o hotel de Friedrischshafen
minha companheira que esta me surpreendendo positivamente
loja para compras
vista do meu quarto em Livigno
Sony
é duro ter couro fino rs
lojinha
minha parceira
rodando
olha ai o selo de 45 euros
entrada da Suíça
Suíça
olha o que eu encarei
entrando em Liechtenstein
passando por Liechtenstein
castelo da família dona do país
gostei da idéia, vou procurar paraVersys kkkk
churrasco grego de rico
meu almoço
saindo de Liechtenstein
de volta à Suíça
começando a nevar
zerado kkk
a cara do prazer
deixando minhas marcas kkkk
sabe o ditado "pinto no lixo"???
neve caindo
neve derretida
não é cartão postal
lembrei daquela menina peruana que fotografei há uns anos e que já tinha o rosto queimado de frio
sempre tem um pobre atrapalhando ...
dentro do trem - tenso
chegando na Itália
VIDA LONGA CARPE DIEN!!!!
Beleza ai ??? rs
entrando na Itália
Simplesmente inspirador...continuamos na garupa...
ResponderExcluirBaummm demais, belas fotos. Mais se for pra ai, preciso escolher outra data, um frio deste ninguém merece. Belas fotos !!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue nem pinto no luxo!!! Pq nada ai parece lixo, tudo lindo, maravilhoso, limpo, paisagens tao diferentes do que vemos aqui. Uau! Mony Enigma MC
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