Rodando de Moto por ai ...: 8º dia – 26/05/2015 – Bolzano/Itália

O dia mais lindo de toda a viagem foi hoje, com certeza.

Vamos “começar do começo”, confesso que esta vida de sábados seguidos está começando a me cansar ... quando voltar deste passeio, foi ficar no mínimo 15 dias trabalhando para não perder o jeito rs.

Religiosamente acordei cedo e tomei um “saudável” café da manhã e aqui vai uma observação, os caras servem tomate no café da manhã ... enfim, também servem muitos frios, e eu adoro. Então é o básico, copa, salame, queijos e suco de laranja, vários copos toda manhã.

Uma dica que acho que nunca citei – roupa de cordura tende a ficar fedida com o uso diário sem lavar, embora nesta viagem tenha passado frio e portanto não tenha transpirado, o suor sempre existe e ele fica acomodado na bendita roupa que, com o tempo, começa a cheirar urina.

Eu uso talco pois ele, além de retirar a umidade, deixa um bom cheiro até poder, em casa, mandar a roupa para a lavanderia.

Estrada – como sempre aquele marasmo de lindas paisagens ... cansa kkkkk

Mas hoje foi diferente, subia uma serra quando do lado direito apareceu uma miragem – um lago, mas não um lago comum, era mega lindo, esverdeado, cintilante, refletindo a montanha e não tive duvida, parei na hora.

É o NATURDENKMAL MONUMENTO NATURALE, água de degelo e acho que é cálcio que tem no fundo (tirei esta conclusão por causa dos rios de Bonito no Mato Grosso do Sul), que dá este efeito incrível.

Vejam pelas fotos abaixo que é realmente algo desbundante.

Demorei um pouco apreciando o local e tirando muitas fotos.

Mas o tempo urgia e ainda tinham as DOLOMITAS para encarar novamente e ela estava lá, parada, encarando, fria, provocante.

Como não sou do tipo de sujeito que foge do desafio, fui encará-la novamente.

No começo a chuva fraca soava como uma ameaça, algo do tipo “tem certeza que vai querer me terminar??”, parece bobagem, mas não é, há algo mágico nela, talvez o grau de dificuldade das suas curvas, talvez a altura, o frio, sei lá, mas é especial, um desafio como disse acima.

Papo vai, papo vem, as famigeradas curvas cotovelo chegaram e hoje tive a sorte de deixar minha máquina (que é a prova d’água – outra dica), nas mãos da garupa de um parceiro de viagem, logo tem fotos minhas abaixo.

O cenário muda muito rápido do verde para o amarronzado com branco de neve.

E a temperatura também cai vertiginosamente de 15, 16 graus para 2, o mínimo que peguei hoje.

Cara, é muita curva, haja contra-esterço e cintura para encarar.

Depois de muitas, resolvi parar num pico para tirar fotos, era um pouco antes do PASSO SELLA, local que, além de parar, deixei meu adesivo do Clube para marcar o local.

Também neste Passo tirei fotos de tirar o fôlego.

Dalí para frente é um sobe e desce sem precedentes, sempre com as tais curvas que teimam em te deixar com labirintite.

Assim como ontem, a quantidade de motos é absurda, o que prova que o local é perfeito para nosso esporte.

A diferença de ontem foi a maior presença de carros e ... caminhões que deixavam o passei um pouco mais apimentado.

O ponto de almoço estava fechado, aliás, por não ser temporada, quase tudo estava fechado ao longo de todo o percurso e foi um pouco difícil achar um local para almoçar.

Mas achei, comi uma deliciosa sopa e a sobremesa, conforme foto abaixo, fala por si.

Ao sair, outra surpresa – chuva de granizo! Mas ela durou menos de 2 quilômetros.

Segui nas curvas que começaram a subir e esfriar, então mais neve ao longo da pista que estava apenas molhada.

E foi assim até o PASSO FALZAREGO, que fica a mais de 2.000 metros de altitude.

Não sei porque, mas aqui não tem o SOROCHE (mal das alturas) que surge nos Andes, então foi tranquilo o tempo todo.

Daí desce, desce, desce e ... desce.

Ao longo do caminho, outros lagos surgem, mas nenhum chegava aos pés daquele citado acima e eu achei que ele seria único.

Ledo engano!

Do lado esquerdo surgiu o TOBLACHER SEE – LAGO DI DOBBIACO que pôs o primeiro no bolso.

Não existem palavras para descrever a beleza dele, as fotos abaixo (sem filtro algum) darão uma ideia bem por alto, também fiz um vídeo que publiquei no facebook e estará no WWW.youtube.com/czroliveira daqui uns dias.

INVESTI um bom tempo neste lago, fotografando, filmando e “ouvindo” o silêncio do local.

Infelizmente precisava tocar até o destino e assim o fiz. Não demorou e comecei a ver a ver placas indicando a Áustria.

Rodovia tranquila, mão dupla e muito movimentada e bum – placa azul escrito ÁUSTRIA no centro e rodeada por estrelas.

Nada de policia de fronteira, “wellcome”, etc., apenas uma mísera placa ... engraçado que após a plaquinha xinfrim, centenas de madeiras estavam empilhadas, sabe Deus por qual motivo!

Em terras austríacas foi aquela mesmice (como estou metido, acho que vou começar a usar monóculo kkkkk), castelo, cidades pequenas bonitas e limpas, e um visual que parece quadro pintado.

Neste trecho uma linha de trem nos acompanhou por quilômetros, inclusive a cruzamos umas 2 ou 3 vezes.

Para fechar o trecho, novamente um rio me fez companhia até chegar aqui, Lienz.

Cheguei tarde, então nem sai do hotel, jantei por aqui e vou descansar pois amanhã será Alemanha, de novo (ó o monóculo).

Ps. A droga do chip da gopro deu pau de novo, é de 128GB mas, antes de encher, trava.

Vou usar um de 64 amanhã.

Este texto, como os outros, será publicado sem revisão, então peço perdão por eventuais erros.

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Abraços.

Cezinha

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