Senta que hoje tem história:
Descansado, foi fácil acordar as
6:30h para tomar café e pegar a estrada.
O objetivo era simples, rodar uns
300kms passando pelo PASSO DELLO STÉVIO, um lugar deslumbrante, procura ai no
Google.
Fui abastecer e inserir as
informações no GPS quando ... más notícias, a neve havia fechado a estrada para
o Passo.
Ai vem um ponto importante, o GPS
aqui, assim como nos EUA, além de usar satélite obviamente, fica ligado
naquelas agências que informam sobre rodovias, etc., tipo o waze. Assim ele
evita que você se dê mal pegando, por exemplo, um caminho que tenha uma ponte
que caiu ou algo do gênero.
O Carlos da Melbourne preparou
minuciosamente o roteiro dia-a-dia (estes detalhes eu vou explorar num post exclusivo futuramente), bastava
pegar os pontos do dia que já estavam no GPS e programá-lo para segui-los
um-a-um.
Quando pus os pontos, o GPS
mandou ir e voltar, no começo não entendi o porque, mas lembrei que outro dia
ocorreu o mesmo uma vez que a estrada estava fechada (depois de Davos na
Suíça).
Consultando um computador no
posto de gasolina onde eu abastecia o Carlos voltou com a triste confirmação –
estrada fechada, sem chance de prosseguir até o bendito Passo.
O negocio era voltar pelo caminho
que chegamos a Livigno e em certo ponto voltar para a Itália, chegando aqui, em
Verona.
E assim o fiz.
Agora a história merece um parênteses
– o caminho até Livigno é maravilhoso, cheio de curvas, com neve na beira da
pista, etc. e eu havia perdido todos os vídeos pois a Gopro tinha dado pau.
Graças ao fato da estrada
fechada, como disse, tive que voltar pelo mesmo caminho, mas agora com a Gopro
funcionando ...
Acredito que NADA na nossa vida é
por acaso, que certas coisas que não entendemos a princípio, na verdade
ocorreram por um motivo maior que, às vezes, nem chegaremos a saber.
Enfim, chega de filosofar e vamos
rodar.
Voltei naquele túnel que eu havia
dito que só cabe um por vez, mas desta vez, reparei que na entrada dele há um
semáforo, logo não há como dois veículos se encontrarem em sentido contrário
...
Tão logo se sai do túnel você já
encontra o posto policial de fronteira da Suíça.
Na ida, passei na boa, na volta,
o guarda me deu um enquadro (filmei – WWW.youtube.com/czroliveira), nada
demais, apenas algumas perguntas, eu ofereci mostrar meus documentos, ele
dispensou e me desejou boa viagem.
A estrada, como todas, é
maravilhosa, mas sem neve, apenas os picos nevados ao redor.
Quando cheguei no ponto do
almoço, adiantado uma vez que não passara no PASSO DELLO STÉVIO, encontrei um
pessoal que me disse ter conseguido acessar o Passo e me mostraram fotos.
A lombriga bateu forte e, vendo
pelo GPS, percebi que havia outra opção para lá chegar, e ela não estava
fechada, eram só 32 kms, portanto aumentaria a viagem em 60 kms – valia a pena,
arrisquei.
Segui pela rodovia, sai numa
cidadezinha seguindo o GPS e as placas, e logo já estava subindo sentido o tal
Passo, não demorou para a temperatura começar a cair sensivelmente (de 15 graus
para 3 em 15 minutos).
Gelo e curvas, MUITAS curvas,
algumas tão fechadas que a tinta que marca a borda da pista ficava em V, ou
seja, o carrinho que faz a pintura não havia conseguido fazer a voltinha.
Estava todo feliz quando me
deparei com uma cancela fechada, inclusive com cadeado ... ao lado havia um
restaurante (fechado), mas chamei e apareceu um senhor que não falava inglês, mesmo
conseguimos nos comunicar e ele explicou que não havia forma alguma de chegar
ao tal Passo.
Conformado com o fato, fui
manobrar a motoca para voltar (lembrem-se que estava morro acima).
Ela caiu!
E aqui quero deixar bem claro que
NÃO COMPREI UM TERRENO pois foi ela que caiu, não eu e ela!!! Kkkkk
Voltei desconsolado por todas
aquelas deliciosas curvas e toquei direto para Verona.
No caminho cruzei com centenas de
motos, afinal de contas, hoje é verdadeiramente sábado rs.
Parei numa simpática cidade chamada
LARA e almocei costelas de porco, uma delicia.
Esta cidade era curiosa pois todo
mundo falava alemão, se comportava e se vestia como tal mas, quando perguntei
para o garçom que país eu estava, ele disse Itália.
O problema é que os países são
tão colados, que você não sabe onde está, é estranho de explicar, mas é assim e
ponto final, daí porque entrei e sai da Itália e Alemanha hoje uma cacetada de
vezes.
Imagina se aqui fosse como na
América Latina que a cada fronteira se perde horas???
De barriga cheia peguei a
Autopista sem parar até aqui e, considerando que o limite de velocidade é 130
km/h, foi só alegria com algumas reduções por conta de um acidente e para tirar
fotos.
Cheguei em Verona, tomei um banho
e já desci para dar um role na cidade com o Carlos e o Estevão que me
aguardavam no lobby.
A cidade é maravilhosa, muito
antiga e é famosa pela ARENA (um mini Coliseu) e a casa da JULIETA (da história
Romeu e Julieta).
Fomos direto até ela, é um
casario lindo, acessível por um corredor que dá num pátio, no fundo tem uma
estátua da fulana e no canto uma sacada onde ela ficava dando mole para o
Romeu.
Outro parênteses – Romeu e
Julieta, para mim, não tem nada de história de amor, é uma desgraceira só pois,
em 2 dias (senão me engano), todos os envolvidos morrem, eles não ficam juntos
obviamente e toda a lambança se deu por falta de diálogo pois um achou uma
coisa, outro deduziu outra e pronto, a merda foi feita.
Bom, depois de destruir a
“história de amor”, continuamos o passeio pela maravilhosa cidade.
A Arena fica no centro de uma
praça forrada de gente falando tudo quanto é idioma, uma verdadeira torre de
babel.
Terceiro parênteses – nunca vi
tantas pessoas lindas em tão pouco metro quadrado.
Visitei também uma loja de armas,
principalmente de air soft, juro que
quase compro outra metralhadora rs.
JANTEI um delicioso sorvete
(aliás descobri que o sorvete foi inventado aqui na Itália), e voltei para o
hotel para descansar.
Amanhã o trecho será curto, algo
em torno de 150kms, o objetivo é chegar cedo em Veneza para desfrutar o dia
passeando de gôndolas – muito romântico – kkkkk.
Ah, já ia esquecendo, reparei que
existem grupos de ABORRESCENTES às dúzias, todos “malandriuços”, fumando e
loucos para tomarem umas porradas!
Reparei também muitos africanos,
aqueles ilegais que chegam na Europa de forma ilegal, alguns morrem no caminho,
etc., o Estevão me disse que eles pagam 10 mil dólares para virem – daí meu
surgiu uma dúvida, se o cara tem 10 mil para vir, porque não investe este
dinheiro lá ao invés de arriscar viajar num navio caindo aos pedaços e que,
vira e mexe, fica a deriva em alto mar ????
Continuei reparando em várias
moças com roupas estranhas, noiva, noviça, etc., cercada de amigas – é a forma
delas de fazer despedida de solteira...
Descobri que é tradição passar as
mãos nos peitos da Julieta ... por isso a estatua é tão gasta nestes ... pontos.
Descobri também que o pedágio na
rodovia é cobrado de acordo com o trecho usado, ou seja, num determinado pronto
se ganha um ticket, quando você sai da rodovia, o funcionário coloca o ticket
na máquina e ela diz quanto você tem que pagar – bem justo.
Este texto, como os outros, será
publicado sem revisão, então peço perdão por eventuais erros.
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Abraços.
Cezinha
Iphone
projeto do dia
geladoooo
meu almoço
Arena, em Verona
a Julieta e suas tetas - as quais não toquei
meu jantar
jantando
jantado rs
show na rua
Gopro
que venha o frio
Itália
túnel na saída de Livigno
fronteira com a Suíça
saindo da Itália
entrando na Suíça
Suíça
Itália
subindo
curvas
Verona
Sony
tudo isso no meu corpinho
geladooo
curvas
de volta à Itália
Vida Longa Carpe Dien!
juro que ela caiu sozinha
outros motociclistas
olha este castelo encravado na pedra, muito louco,
alemães na Itália
restaurante onde almocei
chegando ao destino
preciso de um destes para São Paulo.
bração tem no mundo todo
primeiros 1000 kms da viagem
pagando pedágio proporcional
Boas historias, creio que não da pra rodar 200 kms em um dia aí, correto?
ResponderExcluirBoas historias, creio que não da pra rodar 200 kms em um dia aí, correto?
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