segunda-feira, 30 de maio de 2011

11º dia na rota - o ultimo

Last Day ...

Bom, para nosso ultimo dia na rota 66, acordamos no mesmo bat horário e saímos na mesma bat hora, 8 e quebradinhos estávamos sobre as motocas rodando.

O caminho era óbvio, a rota 66, e para lá eu, o Ronaldinho, Billy, Alex e Rafael seguimos, infelizmente o restante errou o caminho e seguiram pela rodovia. Estávamos parados aguardando-os quando os vimos passarem direto sobre nós no viaduto ... o que fazer? Motocar!

E assim seguimos pelo caminho indicado pelo GPS. Acho que, como ainda era de manhã, eu estava com sono, etc., me deixei enganar pelo fdp e seguimos por um caminho errado.

A parte ruim foi errar 20 kms (40 se contar que tivemos que voltar), a parte boa foi que, sem querer, entramos no estado de Nevada, portanto, tenho agora o direito de colocar a bandeira de Nevada no meu colete, pois lá rodei de moto!!!!

Voltamos ao rumo certo e tocamos o pau.

Um dia destes acordei desesperado porque estava em Las Vegas e não tinha tirado foto com o “route 66” que aparece pintado na pista, ainda bem que foi um sonho.

Desta forma, assim que vi uma destas escritas na pista e percebi que se tratava de um local de pouquíssimo movimento, parei para tirarmos fotos.

Valeu a pena, pois não passava carro algum e pudemos tirar várias fotos, conforme abaixo vocês verão.

Neste momento preciso fazer um parênteses, se lembram que eu comentei sobre o almoço num restaurante mexicano, etc? Se lembram também que não toquei mais no assunto? Então! Preciso tocar.

Estávamos lá todos celebridades quando, do nada, o almoço resolveu sair. O que fazer? Liberá-lo.

E, como estávamos num local ermo, no meio do deserto, não foi difícil achar uma moita e lá me esconder ... coisas de viajante ...

Voltamos à rodovia e seguimos, pelo caminho certo – a rota 66 – pelo deserto.

A certa altura, no meio de lugar nenhum, havia o que foi uma construção uns 200 anos atrás, agora está destruída, pixada e cheia de cacos de garrafas.

Lá encontramos 3 integrantes dos “HESSIANS MC” dentre eles o Presidente. Paramos para fotos e um bom papo com os caras, todos gente finíssimas, mas tínhamos que seguir, pois os perdidos estavam muito mais à frente.

Quando estávamos saindo, vimos um triciclo tradicional, o segundo de toda a viagem.

Rodamos pelo deserto que no começo tudo é novidade, mas, depois de algumas milhas, tudo fica igual, e só nos resta ficar tirando fotos e trocar a estação de rádio.

Quando chegamos a Ludlow para abastecermos encontramos outros integrantes dos “HESSIANS MC”, com suas esposas, novo longo e divertido papo, além das clássicas fotos.

Nosso objetivo estava definido, chegar ao “BAGDAD CAFÉ”. Se você não sabe do que estou falando ... se mata!! RS

É um filme muito antigo e relacionado à rota 66, vale a pena comprar (não passa na tv), é meio parado, mas tem uma linda mensagem sobre amizade, companheirismo, respeito, entre uma alemã que não fala inglês e uma americana que não fala alemão.

Lá estávamos nós quando ... bummm ... lá estava ele, simples, discreto e formoso, senão fosse a fama e a placa, os transeuntes achariam que era outro restaurante qualquer.

O clima é mágico, mesmo para quem não viu o filme, não há como explicar.

Logo que encostamos um senhor, ligeiramente embriagado e apaixonado por motos, me pegou para Cristo, falou, falou, e falou até eu sair de fininho enquanto ele ainda falava hehe.

Dei adesivo para ele e, para minha surpresa, já tinham 2 adesivos do Carpe Dien no vidro ao lado da porta, um é do Righi, e o outro????

Também tem adesivo do Pegasus, Pé Vermelho, Bodes, e um monte de MCs do Brasil.

Ao entrar, é como entrar no filme, o mesmo balcão, mesas, cadeiras velhas e bugigangas diversas em todas as paredes.

São camisetas, bandeiras, adesivos, luvas, certidão de casamento (isso mesmo), enfim, tudo grudado desorganizadamente em todas as paredes do pequeno bar que é dividido em dois ambientes.

Vimos bandeiras do Brasil, camiseta dos Comdores do Asfalto MC (Atibaia/SP), uma de um grupo de Taubaté, Road Kings MC (Niterói/RJ), etc.

É claro que não poderia faltar a camisa dos primeiros FALCÕES e do CARPE DIEN, e assim o foi, as duas lembranças ficaram, para a eternidade, presas nas paredes do famoso BAGDAD CAFÉ.

Giba, pensei em prender o lenço dos Road Bikers para você vir buscar, mas não sabia se podia, então não o fiz, você terá que vir colocar pessoalmente sua recordação ...

Já que estávamos num ambiente mágico, porque não comer algo diferente? Comemos todos o hambúrguer de búfalo ... sinceramente ... gostoso mas nada demais.

Nossos companheiros apressadinhos voltaram e nos encontraram no BAGDAD para almoçarem e voltarmos a rodar.

Cansamos de tirar fotos e, infelizmente, tivemos que ir embora.

Não antes de vermos o restaurante ser invadido por um enorme grupo de turistas franceses que, dentre outras coisas, tiraram várias fotos conosco.

Como sempre dizemos, motociclistas fazem parte da paisagem e, naquele contexto, foi um prato cheio para eles.

Aliás esta tem sido uma constante, várias vezes pessoas nos param e pedem para tirar fotos conosco, e isso é bem legal.

Seguimos com o objetivo de conhecermos a tal cidade fantasma que o Billy queria porque queria conhecer (até comprou um mapa e ficava falando “ó, veja bem, é fora da rota, vai ter que desviar, olha bem para não esquecer, tá vendo, olha direito” blá blá blá, e o primeiro Mac Donald’s.

Rodamos, saímos da rota e seguimos para a tal CALICO, a cidade fantasma.

UMA FRAUDE ABSURDA, PERDEMOS TEMPO E DINHEIRO, QUANDO VEREM O BILLY, BATAM NELE POR FAVOR.

Bom, vamos lá, já que estamos na tal “cidade fantasma”.

De fantasma, só o nome, nunca vimos tantos turistas, parecia a Disneylandia do deserto.

É uma vila com uma mina e tentam nos fazer acreditar que aquilo é algo legal.

NÃO VALE A PENA, PAREM NA OTMAM, É MIL VEZES MELHOR E DE GRAÇA.

Ah sim, pagamos U$ 6,00 para entrar.

Bom, passeio é passeio e nada é perdido, então ... vamos tirar fotos e comprar bugigangas.

Para não dizer que foi totalmente perdida, nos divertimos numa loja que vendia armas e outras coisas de índio.

Voltamos para a rota 66 e, para variar, pegamos muito vento lateral, pelo menos vinham de um só lado, então era só deitar a moto, tirar a bunda do centro e pensar que você está velejando numa Harley.

Daí para frente foi complicado, pois a rota 66 se mistura, e muito, com a I40, e acabou que passamos batidos pelo tal Mac Donald’s.

Com o passar das milhas, ficou fácil perceber que estávamos chegando em Los Angeles, o trânsito ficou uma zona.

A rota 66 perdeu-se em algum lugar no meio de lugar algum com nenhum lugar e chegamos à cidade no meio do caos.

Sim, é domingo e???

Não há limite de velocidade, parecia que estávamos na Alemanha (onde você pode dirigir em velocidades que em outros países te mandariam para a cadeira elétrica), carros de todos os lados, 5, 6, 7, 8 pistas, etc.

Imagina a quantidade de carros da radial leste mais o da marginal Tietê todos na marginal pinheiros a 130, 140 kms/h.

Tínhamos que chegar no píer de Santa Mônica, e para lá o GPS tentava nos levar.

Fomos, aos poucos, vencendo o trânsito maluco e, enfim, chegamos ao píer.

E agora? Não tínhamos onde parar e nem sabíamos onde o faríamos.

Vi um estacionamento e fui perguntar, em inglês, claro, o que devíamos fazer. O atendente respondeu em inglês e emendou “conheço esta bandeira”, em bom e claro português do Brasil.

Dai foi fácil, ele nos explicou que a placa do fim da rota 66 fica no meio do tal píer, onde só se chega de bicicleta ou a pé, resolvemos dar uma volta no quarteirão, mas vi duas motos paradas na esquina e quis ajudar.

Quando o fiz, vi a bandeira do Brasil enrolada no sissi bar e, eram mais brasileiros perdidos.

Demos a volta no quarteirão e nada de lugar para parar. De volta ao estacionamento onde o brasileiro trabalhava, também não dava para entrar porque estava cheio.

O jeito foi dar outra volta no quarteirão e parar num recuo para fotos e abraços.

Foi muito gratificante para mim todos virem me cumprimentar e parabenizar por tê-los guiado pelas quase 3 mil milhas.

Tivemos que sair meio que às pressas porque a polícia já estava dando sinais para vazar mos.

Sorte termos visto a viatura, pois o Alex já ia mijar na beira da pista, daí ia ser cadeia com certeza hehe.

Ultimo passo, ir para o hotel.

Ligamos para o Binho e ele nos passou o endereço. Coloquei no GPS e fomos para lá.

Ele nos mandou para o meio de lugar nenhum, era um local cheio de armazéns.

O infeliz havia acertado a rua, mas errado a cidade.

Endereço correto dado, fomos ao encontro deles.

Ao chegarmos, nova surpresa, havia acabo a luz do hotel ...

Acabamos nos hospedando no Best Western por U$ 100,00 o quarto.

Nem banho tomamos, apenas colocamos mais blusas (havíamos passado frio o dia todo) e fomos jantar.

O de sempre, texano, pedi costelas e veio meio boi com o infeliz molho barbecue (BBQ), que deixa a carne adocicada e picante ...

Bom, o negócio foi comer e voltar para o hotel, ter uma merecida noite de sono.

Por hoje é só.

Abraços e bjs

Cezinha

nosso ultimo hotel na rota 66

que lindo caminho errado


sim, estive em Nevada, e de moto...



Esta é a clássica foto para descanso de tela (idéia do Righi, valeu)





Esta foto foi sem querer, mas ficou linda


irmãos encontrados na rota 66



hora de rodar







outros Hessians encontrados num posto de gasolina



fiz questão de retratar a primeira visão que eu tive do Bagdad Café



nosso primeiro fã hehehe


presença devidamente registrada






Falcões registrando sua presença



e nós também




hora de partir



a furada da viagem




going to L.A.


ultimo trecho, trânsito caótico



SIM, CHEGAMOSSSSSSS


2.953,10 milhas MUITO BEM RODADAS


os Heróis desta dura empreitada, valeu galera - ROTA 66, EU FIZ DE PONTA A PONTA!!!


Fotos com a máquina evil mother fucker do Thiago

Calico



Rafa triste porque talvez não conseguisse levar o brinquedo que comprara para o Brasil


miniaturas a venda na "cidade fantasma"









brinquedos para adultos, quase comprei uma também


Bad to the Bone



regras = dar dez passos, virar e atirar



advinhem quem ganhou !! hehehe


5 comentários:

  1. Valeu, CEZINHA, foi muito divertido acompanhar todos os lances na Rota 66, pena que a estrada não continua pelo Pacífico, hehehe. Divirta-se em Las Vegas ! Se sobrar tempo, assista ao espetáculo "Love" do Cirque du Soleil. Pra quem gosta de Beatles, é imperdível ! Parabéns e abraços a todos. Obelix

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  2. Buáááááá!!!!!
    A "nossa" viagem acabou....
    Impossível não sentir isso... viajar com vocês!!!
    Mas queremos notícias de Vegas.
    Tenho certeza que vai ser impagável, rsrsrsrs
    Cuidado hein???? Não vão se casar lá!!!
    A não ser que seja com o Elvis.... rsrsrsrs
    Beijos a todos!!!!

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  3. Caro amigo Cezinha.

    Puxa, você me fez voltar no tempo !! Lembro-me exatamente o que senti em cada momento que voce descreveu. A "cara de bobo" que devo ter ficado, olhando para Rejane naquele sentimento de CONSEGUIMOS ! CONSEGUIMOS ! CONSEGUIMOS ! E você estava certíssimo: a Route 66 merecia acabar em outra cidade. LA é tudo isso, e muito pior do que isso - depois de tudo que se passa na Route, acabar um passeio maravilhoso pegando um trânsito nesta Megalópolis é brochante. Talvez devêssemos terminar a Route 66 pegando a rodovia 101, vindo pela praia do Litoral Norte....

    Quanto ao primeiro McDonalds, don´t worry... nem o pessoal que trabalhava lá havia ouvido que tinha sido o primeiro McDonals !!!! Perda de tempo !

    Agora, foi hilário (e ri muito, muito mesmo aqui sozinho no meu trabalho) você contando de CALICO. Quando fomos de carro para Las Vegas, na volta decidimos ir na cidade de carro. Dei meia-volta na portaria de entrada e fui embora - é uma cidade fantasma de meia tijela, vimos coisas muito melhores, e tenho certeza que vocês também.

    Parabéns por esta empreitada, são poucos os corajosos que se aventuram assim, e tenho certeza que você tem história para o resto da vida. Quando voltar, vamos fazer aquele churrasco... SEM MOLHO BARBECUE !!! rsrsrs

    Em Las Vegas não perca (sei que não vai perder) de ir no Café Harley Davidson. Não perca a visita na imensa torre que tem no extremo oposto da cidade, a visão é MARAVILHOSA, dá para ver todo o deserto, outstanding. Se quiser fazer o passeio até Skywalk faça (é perto de Las Vegas), a vista do Grand Canion é muito bonita, mas é tudo muito improvisado. Eles estavam asfaltando, não sei se terminaram, faltava umas 30 milhas em estrada de terra, com pedregulhos, perigoso para duas rodas. Se for de carro, tudo bem. De quebra, você passa por uma represa que é cenário de cinema, se não me engano chama-se Rover Dam.

    Continue com o blog, se desejar. No aeroporto, em Los Angeles, procure por um restaurante ambientado a la Route 66. Veja no meu blog, se quiser, as fotos do restaurante. route-rr.blogspot.com.

    Abraços e até a volta. Estamos com saudades !

    Righi & Rejane

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  4. Valeu Cezinha e companheiros pelos relatos postados no blog. É muito bom agente estar aki sentado lendo as experiências de quem se aventura pelas estradas mundo afora... especialmente a Rota 66...
    Obrigado pelas mensagens e informações e bom retorno pra vcs todos.. (hum... é ruim falar de retorno né????) Fiquem com Deus!!!!

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  5. repetindo pq não assinei... sorry! É muito bom agente estar aki sentado lendo as experiências de quem se aventura pelas estradas mundo afora... especialmente a Rota 66...
    Obrigado pelas mensagens e informações e bom retorno pra vcs todos.. (hum... é ruim falar de retorno né????) Fiquem com Deus!!!!
    Zico

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