9º dia na rota

Uauuuu, que dia, o mais bonito até agora.

Acordamos no horário padrão, tomamos um café da manhã maios ou menos, o típico americano, nada de frutas, omelete, ovo cozido e sucos de máquina.

Quis inovar, e comi ovo cozido ... claro que isso deu merd****, mas é tema que será explorado e minuciado mais adiante.

Ao chegar no estacionamento tivemos uma surpresa, havia um “estranho no ninho”, vocês repararão na foto abaixo.

Ignoramos a intrusa e partimos para a rota 66, que segue ao lado da linha de trem por muitas e muitas milhas.

Sempre margeados pelas lindas montanhas, acho que são as rochosas ... quem mandou não ter prestado atenção às aulas de geografia ...

Estava um frio de cortar a alma, sol e muito frio, eu não havia colocado a capa na blusa e fui congelando por muito tempo, mas a vista compensava.

Saímos de Gallup e, seguindo o GPS, demos uma voltona para voltarmos à I40.

A parte legal foi termos passado por terras indígenas e passado por várias lojinhas e coisas do ramo, infelizmente a pobreza é também bem visível.

De volta à estrada, passei a brinca com minha nova maquina fotográfica, tirando foto estilo paisagem, show de bola.

E, quando menos esperávamos, topamos com a placa da divisa com o Estado do Arizona, no meio do nada, num lugar onde quase todas as placas tem buracos de bala, várias garrafas de cerveja jogadas e nada de passar carro, mas somos maXos e paramos para fotos.

E não é que, neste momento, o ovo cozido resolveu ficar no Estado em que foi comido!!!

Não deu outra, tive que correr para uma moita, ou algo parecido, e deixar o ovo no Estado do Novo México, fato (in) devidamente registrado fotograficamente pelo Billy e sua câmera com super zoom.

Seguindo meu amado GPS, chegamos na PETRIFIED FOREST NATIONAL PARK, ou seja, um parque nacional maravilhoso.

É um lugar estonteante, não parece com nada do que já vi na vida, tem de tudo, meio deserto, meio terreno lunar, formações esquisitas, enfim, só mesmo vendo as fotos e os filmes para se ter idéia do que vi hoje.

É um local ... romântico ... tanto que o Ronaldinho, conforme foto abaixo, estava pensando no amorrr.

Dá para passar dias no parque, pois existem saídas para os mais diversos locais, tipos de geografia, etc.

No meio dela, achamos um ponto de homenagem à rota 66, com um antigo cadillac enferrujado, um para-choque preso no concreto e uma placa com o mapa da rota, nomes das cidades, etc.

Daí tivemos uma real idéia do quanto já rodamos ... uau

Um fato me chamou a atenção, todos os rios que passamos estão secos, um ou outro dos gigantes tinham um fiozinho de água.

Neste passeio passamos pelas areias coloridas (dica do Righi), é impressionante, são as mais diversas cores, e dá para se ver a “fatia” da terra, como um bolo de vários itens separados, e você o corta no meio, maravilha.

Vocês raparão nas fotos que estou meio “pálido”, relaxem, não estou doente, é que caprichei no protetor solar, afinal de contas, o sol é de deserto e queima sem dó.

O parque é tão bom que até curvas possui RS.

E, no fim do parque, uma grata surpresa, entre algumas bandeiras esteadas, haviam duas Brasileiras.

Saímos do parque, e, milhas depois, chegamos à Holbrook onde almoçamos num restaurante mexicano da época de ouro da rota 66.

Todos comeram comida típica mexicana ... tenho dó da camareira do hotel amanhã ...

A próxima parada foi história, o Buraco do Rafael, digo, o Buraco do Meteoro.

Há não sei quantos milhares de anos um meteoro se chocou contra a terra e fez um puta buraco, imagina a areia fofa e cai uma bolinha de gude nela, agora multiplica por milhões, é isso.

Neste momento a bateria de quase todas as máquinas fotográficas estavam no osso, pois foram usadas para caramba.

É algo inimaginável e, para nos ajudar, a entender o que ocorreu, há um museu que você “brinca” escolhendo o tamanho, velocidade, tipo, local, ângulo de um meteoro batendo na terra.

Tentamos mirar em Buenos Aires, mas deu muito trabalho e desistimos.

Existe, é claro, restaurante e gift shop, e a galera aqui não pode ver uma lojinha que ficam DOIDAS, pior que mulher em loja com promoção da Victoria Secrets.

Já que não tínhamos mais máquinas para tirar fotos, a tristeza nos dominou e seguimos direto para o pé do grand canyon, onde estamos agora.

O visual mudou completamente, do deserto Mojav e seu calor insuportável para uma sequência interminável de pinheiros, o que deu à este trecho uma sensação muito agradável e bela.

Apareceram algumas, bem poucas, curvas, todas de alta, ah sim, as viaturas da polícia estavam vigiando a estrada a cada milha, e passamos por várias delas, daí que não podemos exagerar na velocidade.

O GPS ainda tentou nos dar um “Pelé”, mas estou esperto com ele e voltamos ao rumo certo.

Enfim, chegamos à WILLIAMS, onde nos hospedamos num “Super 8”, por U$109,00 o quarto com café e wi-fi.

Antes, rodamos por outros hotéis e motéis, todos estavam mais caros e não tinham café, etc.

Salta aos olhos a quantidade de Harleys na cidade, em todos os hotéis existem várias estacionadas.

É claro que existem motos de segunda linha, tipo gold wing, etc., mas são motos, não Harleys hehehe

Perguntei se havia algum encontro, mas não, todos vêem para cá pela beleza do local e por ter o espírito da rota 66.

Por toda a cidade vê-se referência ao mito da MAIN STREET OF AMÉRICA.

Devidamente banhado, viemos para um clássico boteco, com música ao vivo, etc., vamos bebemorar esta penúltima semana e dormir cedo, afinal de contas, amanha é o dia do Grand Canyonnnnnnn.

Giba – o prazer está sendo meu em usar uma lembrança do amigo/irmão.

Ah, ia me esquecendo, hoje até no tempo viajamos, pois saímos às 8:00hrs e, uma hora depois, era 8:00hrs de novo ... ou seja ... agora estamos 4 horas antes do Brasil (horário de Brasília), por favor, se lembrem disso quando me chamarem no nextel ...

Abraços e beijos

Cezinha

qdo eu parar, descreverei as fotso uma a uma