segunda-feira, 23 de maio de 2011

5º dia na rota

Hoje acordamos com a triste notícia de que mais de 100 pessoas haviam morrido em Joplin/MO.

A sensação de saber que a cidade que você acabou de passar está totalmente destruída é muito estranha, é um misto de alívio com dó daqueles que lá ficaram, das pessoas que nos cumprimentaram, que sorriram quando passamos, as crianças que acenaram, etc.

O som das sirenes de ambulâncias era constante, pois o hotel era do lado da rodovia e, como um hospital de lá foi totalmente destruído, devem estar transferindo pacientes, socorrendo feridos, etc.

Bom, vamos à viagem, já que não há nada que podemos fazer senão orar por eles.

Como sempre, despertamos às 6:30 e, como não havia café da manhã no hotel, fomos ao Mac Donald’s comer alguma coisa. La mesmo vivos nos jornais locais a repercussão do tornado.

Ao lado do Mac havia um posto de gasolina e uma loja da rede Subway que, além de comida, vende remédios, produtos de limpeza, etc.

Pedi à atendente band aid para trocar os que estavam no meu dedo e, quando contei a origem dos ferimentos, uma senhora que também trabalhava na loja fez questão de me dar um remédio e alguns band aids, sem nada cobrar e me deu alguns conselhos para dirigir devagar, com atenção, etc., como uma bondosa vovozinha faria.

Agradeci, completei o tanque e partimos.

As intermináveis planícies é uma constante, assim como a falta de curvas, o que faz da viagem algo cansativo, ainda bem que temos som nas motos e as máquinas fotográficas que não param de trabalhar.

Passamos por uma espécie de cidade do velho oeste, onde paramos para algumas fotos, colocar adesivos, etc.

As dores no meu corpo estavam começando a realmente incomodar e o bico de papagaio do Ronaldinho também.

Paramos numa Walgreens e compramos salompas, spray tipo gelol e água, a cena de um colocando emplasto no outro foi uma graça a parte no estacionamento da farmácia...

Ah sim, o intestino do Billy também está ... complicado, e ele quase foi expulso da loja haja vista a destruição ambiental que ele causou no local.

A galera pediu para pararmos em alguma Best Buy, pois queriam comprar notebooks para contatem as famílias, etc.

Não demorou para acharmos uma gigante e, para minha sorte, achei o cartão de memória wild mother fucker da máquina que eu havia comprado em NY, ou seja, doravante teremos fotos profissionais, espero!

Voltamos à rota 66 e, sem mais nem menos, nos deparamos com um trecho de terra e maquinas de pavimentação. O motorista me garanti que era apenas 1 milha e que a terra estava firme.

Como aqui não tem coxinha (exceto o Rafael), arriscamos e constatamos que há trecho off Road na Rota 66.

O cara não havia mentido e cruzamos o pequeno trecho sem qualquer problema.

A constante dos ventos laterais permanece, assim como passarmos por pequeninas cidades, uma mais linda do que a outra.

Até eu resolver tirar uma foto de uma estátua numa esquina e virar a direita, obedecendo o GPS.

Seguimos por mais de 50 milhas até uma cidade de uns 15 ou 16 habitantes chamada WATONGA, a falta de qualquer referência à rota 66 já se fazia sentir.

Paramos para comer aproveitei para mexer no GPS, ver o mapa com atenção, etc.

Descobri que havia colocada na rota do GPS uma parada num ponto da cidade chamada Clinton, e o GPS havia feito um caminho por fora da rota 66.

Estávamos muito ao norte e tínhamos duas opções:

- pular algumas cidades da rota 66 e já sair lá na frente perto do Texas;

- voltar e consertar a burrada.

Obvio que optei pela segunda!

Este furo nos custou umas 100 milhas e, se considerarmos que cada milha corresponde a 1.6kms, furei em 160kms.

Mas beleza, estamos de férias e todo passeio vale a pena.

Toca voltar até estátua e às placas da Rota 66.

O GPS tentou dar outro golpe e nos mandou para o leste, todavia, como somos eXpertos e relativamente alfabetizados, seguimos o rumo “West” e nos demos bem.

Pegamos a 66 novamente e torcemos os cabos até aqui, Weatherford, ainda em Oklahoma. Amanha com certeza chegaremos ao Texas.

A lição do dia foi acertar melhor o GPS, digitando cidade por cidade e incluindo os pontos para serem visitados no meio, assim, obrigatoriamente, ficaremos na 66.

Por fim, nos hospedamos no Comfort Inn pelo preços de U$ 46,00 por pessoa, com café da manhã, piscina e internet (que está uma droga por sinal).

La fora o vento está implacável, até fiz um pequeno filme da janela do quarto.

E, falando em filmes, acessem WWW.youtube.com/czroliveira e assistam todos eles.

Infelizmente meu facebook está travado e não consigo desbloqueá-lo, peço que “compartilhem” o blog por mim.

Abraços, beijos e até amanhã.

Cezinha

a noticia do dia



ja rodando








já deve estar plantado ai há anos ...






imitação de uma cidade do velho oeste






ambos à venda





e viva o salompas


quem disse que não tem trecho off road na rota 66?


e quem disse que HD não encara terra?



até agora a chuva só ameaçou ... espero que continue assim


e nesta foto que o erro de 160kms começou




já ouviu falar de Watonga ??? é ai.



cade as curvas?


ah se pudesse levar este bel air embora


ops, deviamos estar indo para o West, não para o East, correto?


biker


show



Reno/MO


e mais retas




legal esta plantação de rolos, tem várias delas por aqui ... rs





será que estava ventado?


a ponto que o Gary indicou para passarmos




fim do dia

3 comentários:

  1. Grande Cezinha, estou acompanhando sua linda viagem pela rota 66.
    Fiquei preocupado quando ouvi na TV que teve um tornado nesta região. Agora estou mais tranqüilo em sabe que vcs estão bem.
    Uma ótima viagem e um bom retorno cara.

    Shyko
    Serigy Moto Clube
    Aracaju/Se

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  2. GPS é GPS em qualquer lugar, Cezinhaaaa aprende a usar mapa de papel kkkkkk.

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  3. Cezinha

    Estamos aqui acompanhando com alegria as suas aventuras e desventuras !!! Tudo faz parte da viagem. Eu me lembro muito bem quando via nuvens negras nesta região, Rejane nem desconfiava (só descobriu agora) o quanto eu tinha medo de pegar um tornado com a moto !!! E dá-lhe acelerador !!! Mas quando chegávamos, era sempre assim: um hotel gostoso, um ótimo banho, às vezes um vinho para acompanhar uma massa, às vezes um big Hamburguer (pelo amor de Deus, vocês estão na terra do tio Sam, fácil vocês conseguem algo MUITO MELHOR do que McDonalds). Os Hamburguers locais são maravilhos, o picles de pepino tem gosto, a cerveja acompanha muito bem o Hamburguer (no McDonalds tem cerveja ??? acho que não !!) e são tão grandes que às vezes um só dava para eu e a Rejane.

    Continuamos torcendo por vocês, e acompanhando o blog diariamente. E agora, de novo, é a minha vez de perguntar novamente: CADÊ AS FOTOS ? É o Daniel que está atrapalhando de novo ? rsrsrsr

    Abraços

    Righi & Rejane

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