Tudo na vida se resume, no meu
ponto de vista, numa simples pergunta: Valeu a pena????
Mas até chegar à esta pergunta
várias outras passam por nossa mente, afinal de contas a resposta final nada
mais é do que a somatória de várias respostas menores.
Por que viajar?
Por que abandonar o conforto do
nosso lar?
Por que nos separar das nossas famílias?
Por que de moto?
Para que enfrentar as intempéries
climáticas?
Por que? Para que? Etc, etc, etc.
Como diz o ditado, para quem
entende nenhuma explicação é necessária, para quem não entende nenhuma
explicação seria suficiente.
Viajar é algo mágico, excitante e
renova a vontade de viver intensamente.
Minha família sempre foi da
estrada, com meses eu já estava no Espírito Santo passeando com meus pais.
Os 14 fiz minha primeira viagem
sem meus pais, fui para o Pantanal Matogrossense.
Aos 17 já tinha minha “amante”
(uma deliciosa mochila que guardo com muito carinho até hoje) e, como
trabalhava numa agência de turismo, tinha cortesias em hotéis e preços
especiais em passagens aéreas (embora não tivesse idade nem dinheiro para ter
uma moto).
Com estas mordomias conheci as
cidades históricas de Minas Gerais, alguns Estados do Nordeste, Paraná, Rio de
Janeiro, etc.
Mas o mais especial, conheci
pessoas, pessoas especiais, algumas das quais tenho a honra de ter suas
amizades até hoje (Matilde de Curitiba, Lucilia de Belo Horizonte, etc.)
E é com este espírito que toco
minha vida, viajando sempre que possível, quer seja de avião, carro, moto, etc.
mas, é claro que de moto é muito melhor.
Sim, a moto não oferta o conforto
do carro, a rapidez do avião mas e daí? Ela oferece a liberdade que nenhum
outro meio de locomoção oferece.
Ser motociclista não é ter moto,
é ter o espírito aventureiro, é fazer parte da paisagem, é sentir o cheiro da
estrada, sentir o vento e a poeira no rosto, enfim, é viajar em todos os
sentidos.
Só quem anda de moto sabe o que é
fazer amizades ao longo de toda a viagem, ainda mais se usar um colete de Clube.
A irmandade é forte e unida onde
quer que você vá e, em que pesem haverem discordâncias de opiniões e até
brigas, no fundo somos todos irmãos estradeiros.
Eu já tive algumas viagens
relativamente longas de motos e, ao final, todas VALERAM A PENA!
Esta, pela Am. Latina, com
certeza não foi diferente.
A companhia do experiente e puta
cara Ronaldinho era tudo o que iniciantes como eu e o Guli precisávamos para
fazer a viagem com sucesso e tranquilidade.
A presença de espírito e alegria
do Guli era tudo o que precisávamos para darmos altas risadas.
E o Ronaldinho Jr. era o que
precisávamos para pegar no pé o tempo todo, enfim, tudo nos eixos como deve
ser.
E estes foram os pontos
principais do sucesso da viagem.
Todavia não posso me esquecer de
outros pontos fundamentais, como o GUTO de Rio Branco do Acre, nosso guia e
irmão lá no fim do mundo, que recepcionou nossas motos, as guardou, nos guiou
pela cidade, enfim, até com o chifre quebrado nos honrou com sua companhia por
vários quilômetros.
Os irmãos estradeiros que
encontramos ou conhecemos ao longo de dias na estrada, pessoas as quais com
certeza manteremos contato pelo resto de nossa existência.
Nossos amigos que via e-mail,
facebook, blog, etc., nos mandavam mensagem de incentivo, sugestões,
comentários, críticas, gozações, etc.
Nossos familiares que nos dão
amor, carinho e apoio independente da distância e da dor que ela isso causa.
Nossos Clubes que nos honram nos
deixando carregar suas cores.
Mas, acima de tudo, DEUS, que nos
dá o dom da vida, que nos faz sadios e nos dá condições de passarmos por experiências
como esta.
A tudo isso só tenho uma coisa a
dizer – VALE MUITO A PENA VIVER E VIAJAR, AINDA MAIS SE FOR DE MOTOCICLETA.
Valeu pessoal, até a próxima que
espero não demorar muito!
Abraços.
Cezinha
em Copacabana no Rio de Janeiro
aos 20 anos na Europa (estudando)
eu e minha Amante
começando minha vida motociclística no
100 Pressa MC
sim, já viajei de triciclo também, este foi meu há quase 10 anos
o melhor companheiro de viagem, meu irmão Vira Lata que, infelizmente, não pode nos acompanhar neste aventura, mas em outras ...
andanças antigas
não, não viajei de submarino, só deu uma voltinha