Tomamos café da manhã junto com o
Atie e sua turma, tentei postar no blog mas o computador do hotel deu o mesmo
erro que meu netbook e, como disse, não havia postado pelo notebook do
Ronaldinho porque ele esqueceu de me passar a senha ... briguem com ele!!!
Como achávamos que o óleo da minha moto estava baixo, saímos à procura da concessionária Yamaha local, constatei também quem uma das minhas lâmpadas do farol não estava funcionando, além do freio traseiro estar estranho.
O problema do freio foi
prontamente resolvido, nada demais; o nível do óleo estava realmente um pouco
abaixo do máximo, completei e estou com a sobra comigo para futuras
necessidades; já o farol havia queimado o soquete, pois a lâmpada que estou
usando é aquela super branca, etc., como tenho faróis de milha bons, deixamos
os normais desligados.
Em pouco tempo tudo estava
resolvido e partimos à procura de um borracheiro para calibrar os pneus, aqui
eles não tem nossos calibradores de posto de gasolina, só tem “aire”, e você se
vira para acertar a calibragem ...
Só a moto do Guli precisou ser
calibrada e assim partimos de Tacna para o Chile (de acordo com o GPS).
Erro grosseiro!!! Há uma outra
cidade chama Iqueque no Peru, perto do lago Titicaca, então o GPS estava nos
levando para a cidade errada, logo percebemos e fizemos o retorno.
Ao parar encontramos um ônibus do
Sul do Brasil cheio de turistas fazendo a viagem no sentido oposto, nos falamos
um pouco para matar as saudades do nosso idioma e tomamos nosso rumo.
Já sabíamos que o DAKAR iria
passar por Tacna, só não sabíamos que era no mesmo dia.
Logo que voltamos à cidade
estranhamos as pessoas na rua acenando, tirando fotos, etc.
Não demorou para alcançarmos
alguns daqueles caminhões de apoio gigantes com placas da Europa.
Claro que fotografei, e passamos
a viver o clima do DAKAR.
Em minutos estávamos fora da
cidade e, de novo, no deserto.
Estranhamente o GPS nos mandava
retornar, decidimos então parar e confirmar se estávamos no caminho certo.
É claro que estávamos no errado e
tivemos que voltar vários quilômetros até uma estrada de terra bem da sem
vergonha que cruzou o meião do deserto (na areia mesmo) até a rodovia certa.
Cerca de 20 kms à frente estava a
aduana do Peru e, para sair, foi super rápido e prático.
Só demoramos mais porque várias
pessoas nos abordaram para fotos, autógrafos, etc. pergunta se reclamamos? Claro
que não, somos simpáticos com nossos fãs.
Estávamos com o espírito preparado
para a fronteira do Chile, pois todos nos avisaram que eles são chatos.
Só que, neste exato momento, o
DAKAR nos alcançou e todo mundo achava que éramos corredores profissionais.
Ao chegarmos na aduana do Chile
estavam todos alvoroçados com o passar dos carros, os de corrida passavam ao
largo, no deserto, os de apoio, imprensa, etc., passavam como nós.
Não demoramos muito na fronteira
pois aprendi que a linguagem universal da simpatia e educação nunca falha.
Ainda mais com o Guli, mister “pero
que si, pero que no”.
Aqui vai uma dica importante que
quase nos passou desapercebida – após os tramites de saída da pessoa, é
necessário fazer os tramites do veículo, senão você não pode sair com ele,
afinal de contas ele não entrou oficialmente no país.
Fizemos tudinho certinho e
novamente paramos para fotos, etc., do nada apareceu um repórter da FOX
ESPORTES e, ao perceber que éramos brasileiros (ele também), fez questão de nos
entrevistar para fazer um paralelo entre nossa viagem e o DAKAR.
Foi o auge dos nossos 15 minutos
de fama, pois umas pessoas viram o fato e ficavam nos fotografando achando que éramos
importantes, sei lá.
Mas não parou por ai, no ultimo
posto de passagem, para entregar um papel, haviam moças histéricas por uma foto
e para subir nas motos, se deixássemos e adivinhem, é claro que fomos
solidários, ainda mais porque os namorados, maridos, sei lá, estavam do lado e
se mordendo de raiva.
Mas isso foi só o começo, pois ao
entrarmos propriamente no Chile haviam centenas de milhares de pessoas
espalhadas pela borda da rodovia, em carros, motos, trailers, etc., todas ávidas
por nos fotografar, acenar, filmar, etc.
É claro que, novamente, fomos
educados com nossos fãs e acenamos para todos, demos tchauzinho para fotos,
etc., tudo devidamente filmado por nós.
Alguns quilômetros à frente
estava montado o circo do DAKAR e realmente é algo impressionante pela
grandiosidade do evento, coisa profissional mesmo e que é uma grande pena não passar
pelo Brasil.
Passada a euforia da fama
repentina, chegamos a Arica e tivemos a primeira visão do grandioso Pacífico.
Como é gostoso cheirar a brisa do
mar!!!
Cruzamos por dentro da cidade e
voltamos ao deserto – SEM ABASTECER ...
Novamente dá-lhe areia, paisagem
e, é claro, fotos.
Agora, posto de combustível que
era bom e necessário ... nada.
De repente, do nada, avistamos
dois grandes monumentos no meio do deserto, mas não se tinha acesso fácil até
eles, acho que propositalmente fizeram umas barreiras naturais para os carros não
chegarem até lá.
Os carros, já as motos!!!
Enfiamos as motos na areia e
chegamos ao pé dos monumentos que eu não faço a menor ideia do que sejam ou
representam, só sei que foi bem legal e são muitos bonitos.
Tivemos então nosso segundo
momento off-road do dia, agora um pouco mais hard core do que o outro.
Voltamos ao deserto e nada de
posto, apenas montanhas gigantescas e despenhadeiros que se alguém cair, nunca
mais será encontrado.
Ah, estranhamente vimos vários
carros e ônibus queimados e outros capotados próximos da pista, deve ser porque
se pode desenvolver altíssimas velocidades e Zé Mané se dá mal.
Após uma cadeia de montanhas a
moto do Ronaldinho abriu o bico por falta de gasolina (eu ainda tinha ½ tanque
e o Guli com seu camelo litros e litros sobrando).
Paramos num local que tem um
posto policial e um monte de restaurantezinhos, um pior do que o outro.
Para nossa alegria ninguém tinha
gasolina para vender, também não aceitavam cartão de crédito tampouco dólar.
A única coisa boa que achamos foi
um adesivo do nosso amigo POLICARPO do WWW.rockriders.com.br
(ele saiu da Praia Grande/SP, foi ao Ushuaia e subiu até o Alasca, agora está
voltando).
Achamos uma garrafa plástica no
lixo e transferimos uns litros do Guli para o Ronaldinho, e vambora porque
ainda tínhamos estrada.
Novamente com as gasolinas no
osso, achamos um rincão abandonado no meio do deserto onde um senhor vendia
gasolina ao preço de aproximadamente R$ 4,00 o litro.
Como disse ao Ronaldinho: “E a
segunda opção é???” o negocio era comprar aquele liquido amarelo e ir embora.
Mantivemos um ritmo forte, média
de mais de 150kms/h e minha gasolina chegou no talo.
Rodei quase 50kms na reserva até
pedir penico para o Guli e colocar 1 litro da moto dele na minha para poder
chegarmos a Iqueque.
No fim deu certo e chegamos a um
posto onde enchemos as motos até a boca.
Na hora de pagar, a maior
surpresa do dia – CADÊ MINHA CARTEIRA?
Senti metade do cagaço que tive
quando vi a lata branca na neve e achei que fossem os Ronaldinhos.
Reviramos as malas, bolsos,
colete, roupas, e nada.
Já comecei a pensar o que faria
da vida sem cartões de crédito e alguns documentos importantes.
Pensei se quem tivesse achado, se
tivesse boa fé, me mandaria um e-mail já que na carteira tinham cartões meus.
Refiz mentalmente os últimos momentos
que me lembrava de ter usado cartão, enfim, era noite, estávamos no meio do
nada e eu ferrado (para não dizer o português bem “dizido”).
Eu sou relativamente organizado e
procuro sempre manter as coisas nos mesmos lugares para serem fáceis de serem
encontradas e, no caso da carteira, costumo deixá-la ou no bolso da calça ou na
bolsa do tanque.
No bolso da calça não estava,
procurei na bolsa de tanque e nada também, o Ronaldinho Jr. passou a revirar a
bolsa de tanque e também nada encontrou.
Quando já estava desesperado e as
lágrimas começavam a brotar (sim, eu tenho um lado sensível), eis que, do nada,
enfio a mão na MALDITA bolsa de tanque e lá estava minha carteira, escondida
num lugar que só serve para guardar as alças desta bolsa.
O alivio foi geral mesmo, todos
os 4 suspiraram profunda e alegremente.
Voltando à vaca fria, um senhor
que ia abastecer nos sugeriu um hotel do outro lado da pista e para lá fomos.
O espanhol daqui é muito estranho
e difícil de ser entendido, mas, basicamente, a senhora do hotel nos disse que não
aceitavam cartões e que ficariam com nossos dólares de garantia até pagarmos
com moeda local.
Em bom portunhol a mandamos passear
e rumamos para o centro.
Iquique é uma cidade praiana,
cheia de movimento como bares, lanchonetes e hotéis caros.
Após rodarmos um pouco achamos
este que estamos. É uma espécie de apart hotel e, por U$ 100,00 conseguimos um
quarto para os 4, com internet bem ruizinha e sem café da manhã.
Ah, porque fizemos questão de vir
aqui??
Aqui é uma zona franca, com um
local onde se vendem eletrônicos, etc., sem impostos, quase como um dutt free e
amanhã cedo iremos lá conferir se valeu o sufoco.
Bom, por hoje é só pessoal,
obrigado por nos acompanhar e nos manter sempre perto de casa e dos amigos.
Abraços
Cezinha
inicio do dia
parada técnica, valeu Richard.
o DAKAR nos atrapalhando
chegando a Tacna
este veio de longe
pau de arara chique
sai da frenteeee
Guli feliz da vida
adios amigos
Belo país
haja marca texto p fazer este carro
DAKAR
a Tenebrosa
Guli provando que a unica droga que possui é a moto kkk
aguardando
FBI local
momento Celebridade
fãs locais e os respectivos kkkkk
aguinha para refrescar
DAKAR
sacanagem coca cola no meio do deserto
Pacífico
deserto
sei lá o que é, mas é bonito
numa reta de 150 kms a 148kms por hora, quanto tempo demoro???
Ronaldos
e mais de deserto
reformas na pista
fim da cordilheira
Poli, ó você ai.
Guli com saudades do namorado.
o camelo cedendo gasolina
se este é o pneu, imagina o resto
fim do dia
fotos tiradas pelo Guli
Buena Vista MC e CDMT fazendo o caminho inverso
parte do meu fã clube
o caminhão parou para sair na foto
lavando o tanque porque caiu um pouco fora
kkkkk fico imaginando o desespero de viajar até este fim de mundo pra fazer compras, perder a carteira e não poder comprar nada,kkkkkk
ResponderExcluirsó por deus viu...
bjs
sil
Vc ri né? Eu quase chorei rs
ExcluirRona,Roninha,Cezinha e Guli: agora estamos mais tranquilos, pois não conseguia noticias no Blog Expedition desde a saida de Cuzco. Adriana tranquilizou com algumas noticias por e-mail.Hoje estou atualizadissimo com o endereço que Rona passou do blog Cezinha.
ResponderExcluirShow de bola as descrições e fotos. Estou viajando com vcs e recordando otimos momentos .
Aproveitem e voltem com DEUS.
Zé Armando
Opa valeu Zé. Abraços. Cezinha
Excluirfala ai galera,
ResponderExcluirque sufoco perder a carteira!!
mais no final só alegria.
show de bola acompanhar esta viagem com vcs
vão com deus
abrço
elvis
Nem m fale Elvis. Kkk
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