Boa noite amigos (ou madrugada,
sei lá)
Estamos em Cuzco (ou Cusco) e a
palavra de ordem do dia foi ADRENALINA.
Nunca fiz tanta curva na minha
vida, capaz de cair da cama se sonhar com isso.
Mas antes, acordamos e após o
café da manhã e motos montadas partimos para a estrada, abastecemos num posto
bem sem vergonha, o primeiro de vários outros.
Estrada, como ontem, linda, limpa
e sem nenhum buraco, não demorou muito para encontrarmos garimpos à beira da
estrada, são mini cidades, bem precário e sujo.
Não demorou para começarem as
placas informando a possibilidade de desmoronamento de pedras, uma constante
até aqui.
Fomos abordados por militares
que, na verdade, só pediu documentos para o Guli (talvez por ser o único com
cara de suspeito kkk),o milico que me abordou só perguntou de onde eu era e
ainda tiramos fotos juntos.
A estrada era mais do que linda,
era maravilhosa, serpenteando um grande rio bravo e com muitas pedras.
A quantidade de pontes é absurda,
e me fez pensar como era antes delas serem construídas, devia ser duro cruzar o
rio com carro, moto, etc.
Cruzamos também por centenas de
pequenas vilas, todas muito parecidas e com muitas, muitas crianças.
E ai temos um ponto que merece
destaque – AS CRIANÇAS – todas, sem exceção, são muito simpáticas e
sorridentes, acenam enfim, uma graça.
Infelizmente pude constatar que
esta alegria vai sumindo com a idade, os jovens são relativamente simpáticos e
os idosos chatos para cacete, até mal educados.
Acho que é a dureza da vida que vai moldando-os, pois não vi alegria nos olhos dos idosos, pelo contrário, são pessoas sofridas, cansadas, judiadas.
É triste saber que aquela criança
feliz da vida, em breve, será um velho sofrido ... mas é a vida ...
Voltando ao passeio, gastei a
máquina tirando fotos e tenho certeza que não registrei tudo o que devia.
Curva vai, curva vem, e a
altitude começou a aumentar, em questão de poucos quilômetros estávamos a 4 mil
metros de altitude.
Por sugestão do Guto pegamos
sachê de chá de coca e colocamos na boca, para evitar o mal da altitude (soroche).
Quando o GPS marcou 5 mil metros,
eu estava morrendo, há ar, não há é oxigênio, não dá para explicar, descer e
subir da moto gera um cansaço anormal.
Também passei a ter dor de
cabeça, e o Ronaldinho (filho) chegou a vomitar.
Também estávamos sem comer e já
estava tarde, paramos então no Distrito de Ocongate onde almoçamos no luxuoso
restaurante “La Casa de Xiomara”.
Pensa numa boqueta, é lá, pedimos
frango a milanesa, batata frita e arroz. O arroz era intragável, a batata
comível e o frango tinha gosto de peixe, talvez porque a
cozinheira/proprietária use o mesmo óleo e panela para os dois...
Mas nada como a fome, comemos,
melhoramos e tome curva.
Antes de chegar a Cuzco passamos
por várias barragens, pedras na estrada, trechos interditados onde só passava
um veículo por vez, e curvas que pareciam rotatórias, o Guli (fazedor de curva
que é uma beleza), chegou a raspar o baú lateral numa delas.
Depois de rodar o dia todo
chegamos a Cuzco!
A entrada da cidade é horrível,
bairros feios, carros para todos os lados, buzina, buzina e mais buzina, ô povo
que gosta de buzinar, pqp.
Como o Ronaldinho só sabia que o
hotel era perto da “Praça das Armas” no centro históricos, para lá rumamos.
Esta tal Praça das Armas é linda,
com algumas igrejas ao redor e várias lojas.
Paramos as motos em frente à
Catedral e chamamos a atenção dos transeuntes e turistas que tiravam mais fotos
das motos do que das igrejas ao redor.
Depois de muito perguntar sobre o
nosso hotel, pedi ajuda à “Policia do Turista” e um casal de policiais não só
adivinharam o hotel que queríamos como nos escoltaram até ele.
Coisa fina!
O hotel é bem ajeitado e pertinho
da tal praça.
Já acertamos e pagamos o passeio
de amanhã e depois (Aguas Calientes e Machu Pichu), saímos para um passeio pela
praça e agora estamos numa pizzaria aguardando uma pizza há 1 puta tempo (eu
baixei as fotos, arrumei-as, e redigi todo este texto, e nada da redonda).
Depois é cama, porque estamos
quebrados.
Mas amanhã tem mais.
Abraços.
Cezinha
Ah, esqueci de dizer ontem, o
“alívio cômico” da viagem é o Guli que nos mantém rindo o tempo todo com tudo,
notadamente seu espanhol macarrônico, por exemplo, ontem ao comprarmos o seguro
ele perguntou ao cidadão se ele aceitava “cartón”, e ficou insistindo “cartón,
cartón”.
Eu podia ter ajudado?? Sim, mas
ai perderia a graça kkkkkk depois de muito gesto, etc., eu expliquei que cartão
de crédito em espanhol é tarjeta e o cara disse que não aceitavam.
início do dia
primeira de vários abastecimentos suspeitos
garimpo na amazonia
parada para um descanso
exército peruano
reparem no semblante do homem, ele queria que eu tirasse uma foto dele para mostrar ( ou enviar, não entendi) para sua familia que não via há tempos, etc. ele estava meio bêbado, por isso a conversa não foi muito produtiva.
paisagens de tirar o fôlego
lindão da mamãe (já meio inchado)
Guli
Ronaldos
eu
crianças locais
homem adulto
Ronaldos
familia unida em todos os momentos
o Guli é o da esquerda kkk
uma cidadezinha no meio do nada
isso é uma constante
pena que tirei poucas fotos como esta
Guli chapadão com o chá de coca kkkk
5 mil metros de altitude (segundo o GPS)
Picos nevados
parece jumento no nordeste Brasileiro, tem em todo lugar e cruzam a pista sem dar nenhum sinal
Ronaldos
tive vontade de chorar ao conversar com esta menina, ela, a todo momento pedia "plata senior"
o rango do dia
o nype do "restaurante"
mais crianças
Chegamos
quase uma radial leste
ruas de Cuzco
Catedral
vista da Praça das Armas
ó porque ninguém aperta a mão do Ronaldinho (lembram daquela outra foto tirada nos EUA??? kkk)
O Carpe Dien já passou por aqui, claro!
Praça das Armas
show de fotos, agora quando postar tenta aumentar o tamanho delas cezinha, grande abraço !!
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